O emblema vimaranense disputa pelas 17:15 de domingo, no Estádio Nacional, em Oeiras, a sua sétima final na ‘prova rainha’, perante a equipa contra a qual arrecadou o primeiro troféu, na época 2012/13, quando venceu por 2-1. Júlio Mendes, já então presidente, acredita que a equipa orientada por Pedro Martins pode repetir o feito caso o "coletivo acredite que pode ser mais forte" do que os ‘encarnados’.

"Não estão só em jogo os talentos de cada um. Está o talento de um coletivo, o sentir ser-se capaz de ultrapassar obstáculos. Vamos dignificar o futebol português, nas bancadas e dentro de campo. A minha intuição é a de que vamos ganhar a segunda Taça de Portugal", disse, na apresentação dos equipamentos que o clube vai utilizar na final, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.

O dirigente vitoriano reconheceu que vai ser difícil conquistar o troféu e que, caso se analisasse o momento da equipa pelas duas derrotas com que encerrou a I Liga - uma delas no jogo que garantiu o ‘tetra’ das ‘águias’, por 5-0, na 33.ª jornada -, as probabilidades estariam todas contra o Vitória, mas salientou que as "finais são jogos diferentes", para "se disputar e se ganhar".

Júlio Mendes comparou a formação que vai jogar no domingo e aquela que, há quatro anos, venceu a Taça, sob o comando de Rui Vitória, agora treinador do Benfica, afirmando que essa equipa, apelidada até de "equipa de juniores", da qual hoje só se mantém o guarda-redes Douglas, tinha "alguns argumentos" que lhe davam uma "vantagem competitiva" e que o caso desta época é "completamente diferente".

"Estamos a falar de um coletivo constituído por outros jogadores. Vamos fazer o trabalho de casa. Já o estamos a fazer, de resto. Há quatro anos tínhamos uma equipa não tão forte, que nos permitiu conquistar a Taça de Portugal. Hoje temos uma equipa mais forte", afirmou.

O dirigente expressou ainda o "orgulho" de dar aos adeptos do clube a "possibilidade" de "participarem em mais uma festa", referindo, a brincar, que vão "quase literalmente invadir Lisboa" para o "cerco do Jamor", num jogo no qual espera que sejam "representados" de "forma séria".

Questionado sobre o ‘mercado de verão’ que se avizinha e sobre o futuro de Pedro Martins, o presidente vitoriano respondeu que eventuais notícias sobre saídas são "ruído", lembrando, porém, que qualquer clube nacional precisa de vender, considerando o futebol português "deficitário".

"No Benfica, se calhar vão surgir algumas propostas para comprar o guarda-redes, o avançado. Não me canso de dizer que todo o futebol português é deficitário. Todos os clubes, para equilibrarem as suas contas, têm de vender jogadores. Portanto, o Vitória não é diferente dos outros", concluiu.

A cerimónia de apresentação dos equipamentos da final da Taça de Portugal contou ainda com o guarda-redes Douglas e o defesa central Moreno, bem como Melchior Moreira, presidente do Porto e Norte de Portugal, entidade de turismo a cargo do patrocínio dos vimaranenses no domingo, com o responsável a desejar que o clube possa festejar a "conquista de mais um êxito desportivo".