"Lembro-me dos receios, mas também da determinação com que avançámos para essa decisão, há 10 anos. Era preciso agir. Passou uma década e olho para este trajeto e sinto-me realizado", afirmou o dirigente.
O dirigente, que, quando em 2008 assumiu o clube, encontrou um Rio Ave com debilidades financeiras e sem se conseguir cimentar no principal escalão do futebol nacional, lembrou que foi preciso "ir subindo degraus para atingir os objetivos".
"Queríamos a estabilidade financeira e o equilíbrio necessário para uma gestão sem sobressaltos e conseguimos. Projetámos um plano consolidado e coeso na I Liga e criámos uma estrutura mais profissional, que nos levou a outro patamar de visibilidade", recordou António Silva Campos.
Na sua liderança, o Rio Ave conseguiu assumir-se como uma equipa que luta pelo primeiro terço da tabela da I Liga, conseguindo, ainda, presenças nas finais da Taça da Liga, Taça de Portugal e Supertaça, além de participações inéditas na Liga Europa.
Os bons resultados desportivos projetaram os ativos do clube, não só a nível nacional como também internacional, permitindo ao emblema vila-condense ter feito, nos últimos anos, vendas de atletas superiores a 40 milhões de euros.
Jogadores como Ederson, Pelé, Roderick Miranda, Krovinovic, Felipe Augusto ou João Novais valorizaram-se com a sua passagem por Vila do Conde, permitindo ao clube nortenho fazer alguns dos negócios mais lucrativos do futebol português, tendo em Jorge Mendes um parceiro ativo.
A comandar essas equipas de sucesso do Rio Ave na última década estiveram alguns treinadores que foram apostas pessoais de Silva Campos, que assumiu os riscos da aposta em técnicos menos experientes como Nuno Espírito Santo ou Miguel Cardoso, mas também em Pedro Martins ou Luís Castro.
Alguns dos proveitos financeiros amealhados com as prestações desportivas foram, neste período, reinvestidos nas infraestruturas do clube, com melhorias no estádio, mas também nos equipamentos de apoio à equipa principal e nos escalões de formação, estando na calha a construção de uma academia.
Apesar da obra feita, António Silva Campos, atualmente com 57 anos, mostrou vontade de dar sequência ao projeto delineado para o clube.
"Espero que o futuro seja tão profícuo como o desejamos, porque ambição não nos falta. Há ainda muito por fazer e para conquistar", rematou o dirigente.
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