"Durante as duas horas que jogam, esquecem os seus medos, os bombardeios e a guerra", diz Muayad Abu Afach, treinador de futebol na Faixa de Gaza.

"Este projeto serve para que as crianças possam jogar futebol. Já não existem atividades desportivas, todas as infraestruturas dos estádios foram destruídas", acrescenta Abu Afach, promotor da iniciativa.

"Temos medo. Mas aprendemos a praticar os nossos hobbies e a continuar a viver, apesar das bombas que caem sobre as nossas cabeças", diz Jaled al Akhras, enquanto os seus filhos correm no campo de jogo.

"As crianças treinam descalças", descreve ele, afirmando temer que o campo esteja coberto de cacos de vidro ou outros objetos que possam ferir os jovens adeptos de Lionel Messi e Kylian Mbappé.

No final de abril, apesar das ameaças de uma operação militar em grande escala em Rafah, dezenas de jovens reuniram-se para ver pela televisão o clássico  do Campeonato Espanhol entre Real Madrid e Barcelona.