Mário Costa, presidente da AG, anunciou no final da reunião magna realizada na sede do organismo, no Porto, que as alterações “só têm aplicabilidade na próxima época desportiva” e detalhou em seguida as mudanças votadas na ausência de FC Porto e Sporting, que abandonaram a reunião argumentando que as propostas por si apresentadas não foram admitidas.
“Foi votada e aprovada uma alteração ao condicionamento dos sorteios. A única condicionante que vai existir é geográfica e a nível de segurança, nomeadamente, se estiver em questão, Benfica e Sporting não podem jogar em casa na mesma jornada, FC Porto e Boavista a mesma coisa e, por questões de segurança, Vitória de Guimarães e Braga também não podem jogar em casa na mesma jornada, por questão de forças policiais disponíveis”, apontou.
Mário Costa explicou ainda que, relativamente ao vidoárbitro, “foi aprovada uma proposta segundo a qual todos os jogos que se realizem no mesmo estádio têm de ter o mesmo número de câmaras televisivas disponíveis”, pelo que, “será feito o levantamento, no início da época, pela Liga”.
Outra das propostas apresentada tem a ver com o regime de cedências temporárias de jogadores, tendo ficado definido “que os clubes do mesmo campeonato só podem emprestar, no máximo, seis jogadores, e um por clube”.
Em relação às taxas de transmissão televisivas, os clubes da II Liga, que pagavam 750 euros, passam a ficar isentos, e os da I Liga passam a pagar tendo em conta os rendimentos operacionais, em vez dos 2.500 euros fixos.
Finalmente, Mário Costa esclareceu a alteração ao Regulamento Disciplinar e no qual foi aprovada um agravamento das penas de suspensão de dirigentes.
“A partir de três suspensões na mesma época desportiva, deixam de poder estar presentes nos estádios onde a equipa jogue na qualidade de visitado ou visitante. Também houve agravamento das sanções por comentários que se possam fazer às arbitragens antes do jogo. Foi agravada a moldura penal, alterado o limite máximo”, anunciou ainda.
Mário Costa esclareceu que FC Porto e Sporting também apresentaram propostas, mas estas acabaram por ser chumbadas.
“Havia três propostas, uma do grupo que pediu a convocação da assembleia, outra do Sporting e outra do FC Porto. A primeira coisa que se faz, numa assembleia geral extraordinária, e por voto secreto, é votar a proposta na generalidade. As propostas do FC Porto e do Sporting foram chumbadas e a do grupo foi aprovada”, começou por explicar o presidente da mesa da AG.
“Relativamente ao segundo ponto, segue a mesma lógica: a proposta do FC Porto foi chumbada, a do Sporting não foi sequer a votação, por ausência do Sporting da sala, não se podia defender, e foi votada favoravelmente, na generalidade, a proposta do grupo que convocou a assembleia geral extraordinária”, completou.
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