José Carvalho, que foi finalista no Rio2016 com o nono lugar em C1, tem de classificar-se nos 11 primeiros países — há nações com mais do que um atleta -, enquanto o trio de K1 sabe que o objetivo olímpico está destinado às 18 nações mais fortes.

“Conhecer bem a pista é uma vantagem, mas, a este nível, as diferenças são muito poucas, porque toda a gente treina muito aqui. O nível está muito elevado. Espero conseguir, novamente, o apuramento para os Jogos Olímpicos. É a minha prioridade”, disse José Carvalho, que já participou em “13 ou 14 Mundiais seniores”.

Quarta-feira, no Parque Olímpico del Segre, decorre a prova de equipas de K1 com a participação de 29 países, mas sem passaporte para o Japão.

O caminho rumo a Tóquio começa somente na quinta-feira, com José Carvalho a competir com mais 80 canoístas em C1: os 30 melhores seguem para as meias-finais de sábado, o mesmo dia em que os 10 mais fortes disputam as medalhas.

Sexta-feira é a vez do trio de K1, sendo que, tal como em C1, se não passar na primeira manga, terá uma segunda para se qualificar para as meias-finais, neste caso reservada aos 40 tempos mais rápidos — domingo decorrem as ‘meias’ e a regata das medalhas, com os 10 registos mais rápidos.

“Desejo, acima de tudo, garantir o apuramento olímpico. Para isso, tenho de realizar uma boa prova e fazer o que fiz ao longo da época. Depois, espero um lugar na final e, estando lá, tudo é possível. É uma grande batalha, onde a sorte e a oportunidade fazem parte do jogo. Uma medalha é possível, após o acesso à final”, diz Antoine Launay, que tem obtido os melhores resultados internacionais entre os lusos.

Ivan Silva, mais experiente, aponta para “o melhor resultado português num Mundial de slalom, que passa por estar numa final”, o que ainda não conseguiu em nove tentativas.

Frederico Alvarenga deseja “o melhor mundial de sempre para Portugal”, sendo que, na sua terceira presença, deseja ficar “na metade superior da classificação e perto ou dentro da vaga olímpica”.

La Seu d’Urgell também recebe o Campeonato do Mundo de águas bravas, no qual vai estar Lionel de Miranda entre os 48 competidores, que disputam as eliminatórias quinta-feira e as semifinais e final, de 15, no sábado.

O quinteto luso vai ser liderado pelos técnicos nacionais Pere Guerrero e Manuel Freiria.

Em regatas em linha, Fernando Pimenta já conseguiu a vaga para Portugal em K1 1.000, tal como Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela em K4 500 e Teresa Portela em K1 200, sendo que em maio há uma fase continental em que a seleção lusa pode conseguir mais lugares em K1, K2, C1 e C2.