Em conferência de imprensa na qual anunciou que o candidato Zeferino Boal aceitou integrar num “lugar de grande responsabilidade” a sua candidatura, José Maria Ricciardi advertiu, no entanto, que “a agregação das candidaturas não é uma mera junção de pessoas ou listas, mas de objetivos integráveis”.

“Gostaríamos que isso fosse possível [agregação de outras candidaturas], estamos absolutamente abertos a isso, achamos que todos os sócios que se candidataram têm toda a legitimidade para o fazer”, disse, acrescentando que “os momentos dessa agregação tanto se podem fazer agora, como a 09 de setembro”.

“Se antes do dia 09 de setembro conseguirem integrar as suas ideias nas nossas, aqui estamos muito contentes para que isso aconteça”, acrescentou.

Na ocasião, o antigo banqueiro enalteceu a decisão de Zeferino Boal, uma prova de que é possível “agregar e unir”.

“Zeferino Boal vai integrar esta nossa candidatura num lugar de grande responsabilidade no Conselho Diretivo e isto é uma prova daquilo que pretendemos, que é agregar e unir. É para nós uma grande honra poder ter o senhor Zeferino Boal connosco, um grande sportinguista, que conhece a realidade do Sporting melhor do que muita gente”, vincou.

Escusando-se, para já, a detalhar o programa da sua candidatura, José Maria Ricciardi especificou que a sua comissão de honra será liderada pelo advogado e administrador não executivo da TAP Diogo Lacerda Machado.

Na equipa com que se apresenta, a organização do futebol estará a cargo de José Eduardo, com o economista Miguel Frasquilho como presidente da Assembleia Geral e o advogado Luís Borges Rodrigues a presidir ao Conselho Fiscal.

José Maria Ricciardi sublinhou ainda que a decisão de avançar para a liderança do Sporting foi tomada por considerar que nenhuma das outras candidaturas apresenta “garantias absolutas” de capacidade para “gerir uma realidade empresarial complexa, com milhares de funcionários e atletas”.

“A situação financeira e económica do Sporting não está para aventureiros nem para amadores. É preciso uma candidatura com experiência, com capacidade, porque a situação é difícil e tem de ser bem gerida para que o Sporting seja uma entidade sustentável, com capacidade para estar na primeira divisão do futebol europeu e lute pelo título, não apenas de uma forma teórica”, afirmou.

De resto, o ex-banqueiro acrescentou que para o Sporting ser bem sucedido em operações como o empréstimo obrigacionista que terá em breve de fazer, “é preciso ter credibilidade” e que “o mercado e os operadores tenham a perceção de que quem está a dirigir o Sporting tem credibilidade, conhecimento, experiência e liderança” para assegurar que o investimento terá o retorno correto.

Na conferência de imprensa, José Eduardo escusou-se a fazer “grandes declarações ou promessas” relativamente ao futebol profissional.

“Prometo serenidade, vamos tentar ajudar o futebol do Sporting a ser melhor, ajudar o Sporting a ser um clube muito mais bem organizado para termos melhores resultados”, indicou.