Após os primeiros oito jogos da época 2022/23, a maioria como suplente utilizado no Manchester United, o avançado português, de 37 anos, conta apenas um golo marcado, e de penálti, registo que só não o deixa fora dos eleitos devido a um ‘imenso’ estatuto, a tudo o que fez num passado mais ou menos recente.
Ronaldo, de 37 anos, é há muito o ‘capitão’ da formação das ‘quinas’ e também o jogador com mais internacionalizações ‘AA’ (189), a caminho de ‘inimagináveis’ 200, e o que soma mais golos (117), sendo neste capítulo o ‘rei’ ao nível de todas as seleções.
Por tudo isto, o jogador do United continua a não ser questionável, pelo menos para o selecionador luso, Fernando Santos, que foi claro durante a apresentação dos convocados para os embates com checos (sábado) e espanhóis (terça-feira).
“Penso que ninguém aqui nesta sala duvida que o Cristiano Ronaldo continua a ser importante para a seleção nacional”, frisou Fernando Santos.
O selecionador luso não deixou margem para dúvidas sobre o que pensa do ‘capitão’, na linha, aliás, do que sempre afirmou, mas o seu ‘ninguém’ é questionável, tendo em conta o rendimento de Ronaldo e as muitas alternativas de que Portugal dispõe.
O muito que conseguiu, os ‘milhentos’ recordes que selou, a quantidade ‘assustadora’ de golos que marcou, tudo isso, já ninguém lhe tira, mas o presente, o seu rendimento neste início de época 2022/23, é outra ‘conversa’.
Por algo que nunca foi explicado, Cristiano Ronaldo falhou a pré-temporada do Manchester United, com as especulações a apontar para que quereria deixar o clube inglês, a disputar a Liga Europa, e rumar a uma equipa de ‘Champions’.
As notícias foram ‘fluindo’ e sucederam-se as ‘negas’ à contratação do português, de Bayern Munique, Real Madrid, Atlético de Madrid, AC Milan, Inter Milão ou Nápoles, clubes em que o seu empresário, Jorge Mendes, o terá tentado colocar.
Do lado do futebolista luso, apenas silêncio, intermediado por algumas respostas nas redes sociais, uma das quais a afirmar que já tinha um “livro de mentiras” e a prometer dar uma entrevista dentro de “umas semanas” para contar “a verdade”.
Passou-se, entretanto, um mês e da boca de Cristiano Ronaldo não saiu palavra, mantendo-se no ar todas as dúvidas sobre qual era de facto a sua vontade, se queria mesmo sair, e para onde, ou ficar no United, e o porquê de ter falhado a pré-temporada.
O seu regresso aos treinos deu-se apenas em 26 de julho, 22 dias depois do arranque, mas as especulações sobre o seu futuro duraram até ao dia 01 de setembro, quando fechou o mercado e ficou definida, finalmente, a sua permanência.
Entretanto, Ronaldo começou a jogar, mas, com a preparação em atraso, não entrou de início, sendo chamado apenas aos 53 minutos na estreia do United na Premier League, saldada com uma inesperada derrota caseira (1-2) com o Brighton.
Seis dias depois, o português, que seria ‘o remédio para todos os males’, já foi titular na segunda jornada, atuando os 90 minutos, só que as coisas não melhoraram para o conjunto de Manchester, que acabou goleado por 4-0 no reduto do Brentford.
O técnico Erik ten Hag não teve, provavelmente, o que esperava de Ronaldo e voltou a relegá-lo para o banco, de onde o português viu o United renascer, com um triunfo em casa do Liverpool, por 2-1. O internacional luso só entrou aos 86 minutos.
O neerlandês foi insistindo que contava com o português, mas, nos três jogos seguintes, o avançado luso voltou a ser suplente, em mais três triunfos dos ‘red devils’, nos redutos de Southampton (1-0) e Leicester (1-0) e na receção ao Arsenal (3-1).
Cristiano Ronaldo jogou 22 minutos em cada um dos dois primeiros jogos e 32 no último, mas continuou a zero em termos de golos, aumentando a ‘seca’ para seis jogos.
Seguiu-se a Liga Europa, com Ten Hag a resolver dar a titularidade ao português na estreia, face à Real Sociedad: Ronaldo regressou ao ‘onze’ e o United voltou aos desaires, perdendo por 1-0, culpa de um penálti de Brais Méndez.
Uma semana depois, e sem jogo pelo meio devido à morte da Rainha Isabel II, Cristiano Ronaldo foi de novo titular na segunda competição da UEFA e apontou, finalmente, o seu primeiro golo, num penálti que concretizou aos 39 minutos.
Assim, feitas as contas, Ronaldo soma um golo, de grande penalidade, em oito jogos, e desaires em dois dos três jogos em que foi titular em 2022/23.
Fernando Santos, que nunca se cansou de enfatizar a importância do ‘capitão’ na seleção lusa, espera, naturalmente, que o ‘ketchup’ se volte a abrir e os golos de Cristiano Ronaldo, a sua grande especialidade, regressem.
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