Confrontado com o facto de as casas de apostas ‘online’ atribuírem o favoritismo aos ‘encarnados’, pagando mais pela vitória dos ‘leões’ do que pela do seu adversário, Ruben Amorim não teve dúvidas e assumiu que gosta do ‘estatuto’ de não favorito.
“Se o dinheiro fosse meu, apostaria sempre no Sporting. E dando mais dinheiro [a vitória dos ‘leões’], ainda mais dinheiro meteria. Acredito muito na minha equipa, jogue quem jogue. Não somos favoritos, esta equipa gosta disso assim. Vamos defrontar um adversário cheio de valores, mas estamos preparados”, atirou o técnico em conferência de imprensa, no Estádio José Alvalade.
E ao frisar a crença “jogue quem jogue”, o técnico referia-se às ausências de Palhinha, que se lesionou no encontro da jornada anterior, frente ao Tondela, e de Coates, que teve um teste positivo à covid-19, na quarta-feira.
Ausências de jogadores que “são difíceis de substituir”, assumiu o treinador dos ‘leões’, sem abrir o jogo sobre quem os vai substituir, até “para também conseguir retirar algum partido da incerteza” que pode provocar no adversário.
Amorim reconheceu que “Palhinha cobre muito espaço, por isso, os dois que vão jogar vão ter de cobrir esse espaço extra”, enquanto “Coates é muito agressivo nas bolas paradas e tem um papel na equipa difícil de substituir”, mas preferiu apontar a solução para colmatar as duas ausências.
“Temos de levar o jogo para as características dos jogadores que os vão substituir. Também têm características que o Coates e o Palhinha não têm, portanto temos de levar o jogo para isso”, analisou Ruben Amorim.
As ausências do capitão e do médio defensivo dos ‘verde e brancos’ estiveram, de resto, presentes em quase todas as respostas do treinador, que fez questão de frisar que isso “não tira responsabilidade ao Sporting” para vencer o dérbi no terreno do eterno rival.
“Claramente, o objetivo é vencer. Não retira responsabilidade nenhuma, o facto de não jogarem. Somos o Sporting e queremos vencer e manter a nossa posição. Queremos ganhar”, vincou o técnico.
Por fim, sobre o regresso da obrigatoriedade de todas as equipas realizarem testes à covid-19 antes dos jogos da I Liga, Amorim admitiu que “é algo que cria ansiedade no grupo” mas, também, que a equipa tem de “começar a viver isso com naturalidade”.
“O que me causa mais problemas é a ansiedade de não saber [se vai perder algum jogador devido a um resultado positivo], porque quando sabemos preparamo-nos para isso. Mexe com o grupo, com todos, com o Tondela, com o Belenenses SAD. Temos de viver com essa incerteza e estar preparados para tudo”, concluiu.
O Sporting visita o Benfica, em partida da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, na sexta-feira, a partir das 21:15, num encontro que vai ser arbitrado por Artur Soares Dias, da associação do Porto.
A equipa orientada por Ruben Amorim ocupa o segundo lugar da classificação, com os mesmos 32 pontos que o líder, o FC Porto, e mais um do que o Benfica.
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