"Temos que ser iguais a nós próprios, não podemos mudar a nossa maneira de jogar, isso traz problemas. Temos que estar muito concentrados, porque o Porto é forte em todos os aspetos do jogo, no futebol continuado, nas transições, nas bolas paradas ofensivas e defensivas, mas não nos vamos desviar da nossa ideia, que é de iniciativa, que quer causar perigo e dominar o adversário", disse o técnico, na antevisão da partida.
O treinador dos minhotos mostrou confiança num bom jogo da sua equipa no Estádio do Dragão, até porque, "se há coisa que estes jogadores já provaram é que, em jogos difíceis, conseguem surpreender".
"Acreditamos num bom resultado, todos conhecemos a equipa do FC Porto, mas temos as nossas armas e qualidade suficiente para causar perigo e dividir o jogo com o Porto", disse.
Rúben Amorim frisou que prefere "arriscar" do que mudar a forma de jogar da equipa.
"Se estivermos em modo sobrevivência, a tentar sacar um ponto, não vamos crescer, por isso, eu prefiro arriscar, manter a dinâmica, mas o FC Porto pode não nos deixar, mas isso será o FC Porto a fazer, não o vamos fazer por iniciativa própria", afirmou.
O treinador frisou conhecer a "forma do FC Porto jogar, com muitos jogadores na construção, o Nakajima entre linhas, o Marega e o Soares sempre a dar profundidade”.
“Conseguem ser perigosos em todos os momentos, têm soluções para tudo, sabem que temos uma abordagem diferente e vão tentar tirar partido da nossa construção, mas isso é igual independentemente dos sistemas", disse.
O técnico considera que o sistema que implementou, "um 3x4x3 a atacar, mas que pode ser um 5x4x1 a defender, é um sistema normal, embora não seja muito utilizado em Portugal".
"O problema de implementar a filosofia é segui-la até ao fim mesmo que corra mal e eles mostraram que, mesmo com assobios e resultado contra [diante do Tondela], mantiveram a forma de jogar, isso é o mais importante. Mas, se em duas semanas, estivesse tudo bem, seria o melhor treinador do mundo e estou muito longe de o ser", notou.
O Sporting de Braga não vence no Dragão há 15 anos, mas Rúben Amorim desvalorizou essa estatística.
"A equipa do Porto ajudou-me nesse aspeto, porque não ganhava há 12 anos em Alvalade e ganhou agora. Mas o passado não joga, é olhar para o futuro", disse.
Os portistas jogaram na terça-feira com o Varzim, para a Taça de Portugal, mas isso não mudou a preparação da equipa minhota.
"A ideia de jogo do Porto é muito clara em todos os aspetos, o que pode mudar são as características dos jogadores, por exemplo, se joga o Otávio ou o Luís Díaz na direita, mas independentemente de quem jogar, o FC Porto é muito forte", disse.
Numa semana em que surgiram notícias de interesse em Trincão e Ricardo Horta, Rúben Amorim notou que "nenhum clube" pode garantir que não vão sair jogadores neste mês.
"Se querem jogadores do Braga, que paguem a cláusula, mas isso é com o presidente. Estão cá todos e prontos para jogar", disse.
Sporting de Braga, quinto classificado, com 24 pontos, e FC Porto, segundo, com 41, defrontam-se a partir das 19:00 de sexta-feira, no Estádio do Dragão, no Porto.
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