“Não sei se foi furo ou perda de pressão, o que é certo é que impossibilitou-me de poder dirigir nas curvas, era impossível. Era um momento crucial da corrida, a corrida ia lançada. Quando aconteceu isso, já sabia que seria impossível regressar ao grupo. O carro também tardou muito a chegar”, revelou o campeão mundial de fundo de 2013.

Hoje, Rui Costa, também olímpico em Londres2012 (13.º) e Rio2016 (10.º), foi 46.º, a 07.23 minutos do vencedor, o belga Remco Evenepoel, após uma jornada de azares.

“Posso dizer que a entrada no percurso não foi muito boa. Nos paralelos também perdi o bidão, andei uma volta sem me hidratar. E pronto, depois realmente as coisas acabaram de complicar quando tive o furo. Foi o perder da prova”, analisou.

O poveiro de 37 anos admitiu que custa mais perder a hipótese de lutar por um sonho devido a azares.

“Sem dúvida. Quando se treina, quando se dedica, quando o foco principal é os Jogos e eram os meus últimos Jogos, realmente queria fazer bem… Sentia-me bem, sabia que era tudo uma questão de colocação no circuito, as forças eram muito parecidas, tirando o Remco que estava fortíssimo, mas pronto”, lamentou.

Costa confessou aos jornalistas, na zona mista em Trocadéro, onde começaram e acabaram os 273 quilómetros da prova de fundo, que sonhava com uma medalha em Paris2024.

“Eu acho que, no fundo, vir para aqui e não acreditar, acho que não fazia sentido. Então, eu acreditava que podia fazer um bom lugar. Claro que a medalha era um sonho, mas não foi possível”, concluiu.