"Chegou ao fim este diferendo. O tribunal decidiu, de forma unânime, considerar como justa e eficaz a resolução do acordo parassocial", disse Rui Pedro Soares, em conferência de imprensa.
O tribunal arbitral determinou a resolução do acordo parassocial assinado entre a SAD do Belenenses e o clube em 2012, o que impede a direção liderada por Patrick Morais de Carvalho de tentar a recompra da maioria do capital social da SAD dos ‘azuis', atualmente detida pela CSM.
"É uma decisão clara inequívoca e sem recurso. Temos esperança que esta decisão ponha fim a um processo que muito entristeceu os adeptos e sócios do Belenense. Esperamos que o presidente do Belenenses tenha percebido as consequências da sua estratégia", referiu o líder da SAD, manifestando a possibilidade de reatar o diálogo e as relações com o clube.
Ainda assim, Rui Pedro Soares anunciou a intenção de apresentar um requerimento ao Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria de Lisboa, para que todo o processo seja tornado público, o que só não será viável caso o clube não se mostre favorável.
"Os sócios e os adeptos merecem conhecer toda a verdade e o que esteve em causa durante estes três anos. Esta publicação apenas não será possível se a direção do clube não o permitir. Todos os sócios vão ter a possibilidade de tirar conclusões. Ninguém pode ter a veleidade de esconder esta questão dos sócios e adeptos. Queremos divulgar na íntegra a decisão deste tribunal", afirmou.
Por outro lado, Rui Pedro Soares espera que a sua admissão a sócio do Belenenses "seja revista", após ter sido rejeitada pela atual direção "sob falsos pretextos".
Com esta decisão do tribunal arbitral, o clube perde a possibilidade de recomprar os 51% da sociedade detidos pela CSM, num processo que foi iniciado em junho de 2016, quando a direção do clube solicitou a constituição de um tribunal arbitral para ver restituído e reconhecido o direito de poder recuperar o controlo da SAD.
No dia 04 de novembro de 2012, os sócios do Belenenses aprovaram, em Assembleia Geral, a proposta de alienação da maioria do capital social da SAD à Codecity Sports Management, liderada por Rui Pedro Soares.
Mais tarde, a 10 de março de 2014, a SAD denunciou o contrato parassocial assinado, dando início a uma ‘batalha' entre as duas partes e que nos últimos anos tem sido travada com mais vigor pelo presidente do clube, Patrick Morais de Carvalho, que sempre manifestou a intenção de recuperar a maioria do capital social da SAD e a gestão do futebol profissional.
Segundo o acordo parassocial, que foi agora considerado extinto, o clube teria duas oportunidades para tentar a recompra da SAD, a última das quais entre outubro deste ano e janeiro de 2018. Após a decisão conhecida hoje, esta última ‘janela' ficou sem efeito.
Comentários