“Estamos muito contentes pelos nossos atletas”, disse aos jornalistas um porta-voz do Kremlin, pouco depois de ter sido tornada pública a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) de anular a suspensão de 28 dos 43 atletas russos que competiram nos Jogos Olímpicos Sochi2014 e foram sancionados pelo Comité Olímpico Internacional (COI) por uso de doping.
Entretanto, o COI esclareceu que o levantamento das sanções “não confere automaticamente um convite” para participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, que começam em 09 de fevereiro.
O organismo olímpico proibiu a participação da Rússia nos Jogos PyeongChang2018, mas deixou aberta a participação aos atletas russos comprovadamente ‘limpos’, criando uma comissão independente para o efeito.
O antigo diretor do laboratório antidopagem de Moscovo e responsável pelas primeiras revelações sobre o escândalo de doping, Grigori Rodtchenkov, considerou que a decisão do TAS “encoraja os batoteiros”.
“A decisão apenas encoraja os batoteiros, torna mais difícil a vitória dos atletas limpos” disse, acrescentando: “dá uma vitória injusta ao sistema corrupto russo como um todo e a Vladimir Putin em particular”.
Grigori Rodtchenkov demitiu-se do laboratório no início do escândalo que tem afetado o desporto russo e refugiou-se nos Estados Unidos, a partir de onde fez várias acusações sobre um sistema organizado de dopagem durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014, apoiado por Moscovo e pelos serviços secretos russos.
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