“As dívidas que existiam com os bancos foram sanadas, estamos em cumprimento”, afirmou o ‘vice’ do clube e também administrador da SAD do Sporting, em declarações aos jornalistas, abordando a negociação concluída com Millennium BCP e Novo Banco.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na quarta-feira, a SAD ficou com a possibilidade de recomprar a totalidade de VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) a 30 cêntimos.

“Nós, a partir de hoje, temos oportunidade de ir comprando gradualmente os VMOC e vamos fazê-lo, mediante as nossas possibilidades”, frisou Francisco Salgado Zenha, salientando ainda a redução de 50 para 30% da afetação do excesso da venda de passes de futebolistas.

O dirigente ‘verde e branco’ disse não estranhar a desvalorização dos VMOC, para um total de 40,5 milhões de euros (ME), originalmente subscritas a um euro por BCP e Novo Banco, num total de 135 ME.

“Há muitos motivos para isso, entre os quais a própria desvalorização da ação do Sporting. Os bancos, que defendem sempre os seus interesses, também entenderam que este é um valor razoável para cada ação do Sporting”, referiu.

Salgado Zenha realçou ainda existência de melhores condições para o clube, além das que foram divulgadas no comunicado enviado à CMVM, decorrentes da renegociação do acordo original, datado de 2014.

“O objetivo de qualquer empresa é ter a situação financeira e a responsabilidade com os seus parceiros estável. O que conseguimos com este acordo foi sanar dívidas que estavam por regularizar”, sublinhou, acrescentando que foi feita a “regularização da situação de dívida vencida com os bancos, uma vez que, desde o verão de 2017, que o Sporting estava em situação de ‘waiver’ [incumpridor], e, finalmente, está em cumprimento”.

Apesar disso, o responsável ‘leonino’ foi comedido quanto à saúde financeira da SAD, salientando que “o reforço da equipa ou o investimento a ser feito no futebol vai ser sempre dentro das possibilidades”.

“O Sporting está muito longe de uma situação de total estabilidade. Estamos no caminho certo, fizemos muita coisa em pouco tempo: um empréstimo obrigacionista em condições difíceis, terminámos esta renegociação e regularizámos dívida”, recordou.

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