Falando num fórum sobre liderança, realizado em Jonesburgo, Semenya enfatizou que a posição de recusa é pelas gerações futuras: "Isto não é sobre mim, consegui tudo o que queria em vida. Se permito que isto continue, o que acontecerá com a próxima geração? Estão a matá-la. Que se passa com essas jovens que querem correr e se calhar estão na mesma situação que eu?".

"Alguém te de fazer alguma coisa... já chega, há muito que se deixa esta gente a mandar", disse a atleta, em declarações ao portal News24.

Há duas semanas, a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) anunciou que adiava para março de 2019 a entrada em vigor das novas regras sobre testosterona nas mulheres, que deveriam vigorar a partir de hoje, depois de um recurso de Semenya e da federação sul-africana de atletismo para o Tribunal Arbitral do Desporto.

As novas regras exigem às atletas com hiperandrogenismo que mantenham os níveis de testosterona abaixo do 5 nanomoles por litro de sangue durante seis meses antes de competirem nas chamadas 'provas restringidas' internacionais (de 400 metros até à milha).

Até agora, o nível de referência está nos 10 nanomoles por litro de sangue.

Segundo estudos da IAAF, os valores mais altos levam a um aumento de 4,4 por cento na massa muscular, 12 a 16 por cento na força e 7,8 por cento na hemoglobina.

Caster Semenya é a atleta mais conhecida com hiperandrogenismo.

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