Os três árbitros encarregues do caso "vão agora deliberar" sobre a exclusão da Rússia por quatro anos das competições internacionais, decisão tomada pela AMA em dezembro de 2019, após meses de desenvolvimento de um caso de encobrimento de práticas de dopagem.
"Embora seja difícil prever exatamente quanto tempo demorará o processo, antecipa-se que a arbitragem esteja concluída, e as partes notificadas, até final do ano", pode ler-se em comunicado do TAS.
Aquele tribunal de Lausana vai validar, ou anular, a panóplia de sanções aplicadas à Rússia, que as repudia através da sua agência antidopagem, a Rusada, pela adulteração de ficheiros informáticos deste laboratório entre 2011 e 2015, com vista a encobrir um programa generalizado de doping naquele país.
A decisão da AMA foi a de banir por quatro anos a bandeira russa dos principais eventos desportivos, incluindo os Jogos Olímpicos de Verão Tóquio2020, adiados para 2021, e Paris2024, além dos Jogos de Inverno Pequim2022, impedindo ainda a realização de eventos de larga escala em solo russo.
Só atletas da Rússia que possam comprovar que estão limpos de qualquer prática de dopagem poderão competir sob bandeira neutra, como decisão sem precedentes de um litígio em curso desde há vários anos, que envolve até o ministério do Desporto daquele país.
Grigory Rodchenkov, que se refugiou nos Estados Unidos após ter sido forçado a demitir-se da Rusada, confessou em 2016 ter orquestrado um esquema de manipulação e ocultação de provas quanto a práticas de dopagem, um sistema colocado em ação nos Jogos de Inverno Sochi2014.
Comentários