“Vamos defrontar o tricampeão belga, que está habituado a ganhar no seu país e venceu quatro dos últimos cinco campeonatos. Sabemos aquilo que o Club Brugge poderá fazer em função do que analisámos. Tem feito um campeonato muito bom e este primeiro jogo na ‘Champions’ veio provar que apresenta processos interessantes a nível de dinâmica ofensiva e organização defensiva”, perspetivou o técnico, em conferência de imprensa.
O FC Porto, terceiro colocado, ainda a ‘zero’, recebe o Club Brugge, segundo, com três pontos, na terça-feira, às 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, em partida da segunda jornada do Grupo B da ‘Champions’, com arbitragem do grego Anastasios Sidiropoulos.
Se o tricampeão belga superou em casa os alemães do Bayer Leverkusen (1-0) na ronda inaugural, os ‘dragões’, vencedores da prova em 1986/87 e 2003/04, perderam na visita aos espanhóis do Atlético de Madrid (1-2), com três golos em período de compensação.
“É uma equipa forte na largura que dá ao jogo, com constantes ações em profundidade e pesada no bom sentido, já que conta com jogadores fisicamente fortes, que se sentem confortáveis quando têm de usar um jogo mais direto e são agressivos na conquista das segundas bolas. Estudámos aquilo que tínhamos de estudar. Mesmo nesta competição, direi que os jogos dependem muito do que fizermos e este não vai fugir à regra”, frisou.
Sérgio Conceição recordou ainda que o Club Brugge, finalista vencido em 1977/78, “está habituado a estes palcos”, após seis participações nas últimas sete edições da principal prova de clubes europeus, ainda que nunca se tenha qualificado para os oitavos de final.
“Adversário diz que empate era bom? Sinceramente, é um bocadinho de música para os ouvidos, até porque acho que ninguém joga para levar um ponto. Independentemente da qualidade e do clube que representam, as equipas preparam-se sempre para ganhar e o adversário tem qualidade para tal. No final, dependendo da exibição e das incidências do jogo, pode-se dizer que um ponto não é mau. Esperamos dificuldades e cabe-nos fazer tudo para obter os três pontos, que são muito importantes na nossa caminhada”, notou.
Otávio, a debelar um traumatismo na grade costal sofrido em Madrid, é o único nome no boletim clínico dos campeões nacionais, que também vão estar desfalcados do iraniano Mehdi Taremi, expulso por acumulação de cartões amarelos na primeira ronda da prova.
“Parte da nossa estratégia passa por perceber que estamos num jogo de ‘Champions’ e não diminuir um adversário bastante forte. Pressão? Faz parte do dia a dia de estar num grande clube, mas não precisamos dos jogos para criá-la. Se não tivermos, crio-a. Acho que é sempre bom termos pressão, desde que não seja de forma exagerada, porque nos coloca desconfiados da situação e mete o nosso estado de espírito em alerta”, finalizou.
Sérgio Conceição tornou-se na última quarta-feira o treinador com mais jogos à frente do FC Porto na Liga dos Campeões, ao superar os 34 de Jesualdo Ferreira, cujo recorde de 16 vitórias também pode quebrar na terça-feira, além de seis empates e 13 derrotas.
Comentários