“É igualmente imperioso que se reflita sobre a prudência, ou falta dela, na nomeação para a função de VAR de um árbitro [Rui Costa] tão publicamente exposto na sequência da sua última atuação perante um dos emblemas contendores, no caso o Sporting”, refere em comunicado a SAD do Sporting de Braga.

O comunicado surge após o empate de domingo entre Sporting e Sporting de Braga (2-2), em jogo da 11.ª jornada, dirigido por Carlos Xistra, da Associação de Futebol de Castelo Branco, no qual os bracarenses consideram terem sido prejudicados.

“O Sporting de Braga entende ser essencial que se conheçam as consequências do grosseiro erro do árbitro Carlos Xistra quando, ao minuto 47 e ao arrepio de todas as recomendações do Conselho de Arbitragem (CA), apitou no preciso momento do remate de Fransérgio, impedindo, como pede o CA, que tais lances sejam apreciados em colaboração com o VAR”, refere a nota.

O clube pretende ainda que seja divulgado o áudio entre o árbitro e o VAR (videoárbitro) no decurso dos 58 segundos que intervalaram o momento do remate de Fransérgio e a indicação de Carlos Xistra para que fosse retomado o encontro.

“É também premente, em benefício da apregoada transparência, que se conheça o áudio entre o árbitro e o VAR nos 52 segundos entre a decisão de Carlos Xistra de apitar para a marca de penálti ao minuto 90+4 e a conversão do castigo por Bruno Fernandes”, acrescenta o comunicado.

Os ‘arsenalistas’ apontam ainda que “sendo este um lance ao abrigo do protocolo, é fundamental que se perceba que indicação foi dada sobre a evidente infração de Doumbia sobre Ricardo Ferreira no decurso da jogada e o porquê de tal incidente capital nem sequer ter merecido, da parte de Carlos Xistra, o recurso às imagens através do monitor de que dispõe ao nível do relvado”.

“O esclarecimento destas questões é absolutamente fulcral e constitui um ponto de honra para o Sporting de Braga. Exigimos respostas, porque é tempo de dizer basta a um futebol que só se explica em função de três clubes, mas se fecha em obscurantismo e opacidade perante todos os outros, calando e consentindo”, adianta o comunicado.

O clube acrescenta que tem tido uma “compreensão extraordinária para com a arbitragem”, dada a “exigência da função e a exposição a que a mesma está sujeita”, mas que, dados os erros sucessivos em seu prejuízo, é chegado o momento de analisar a postura pela qual o clube se tem pautado.

“O Sporting de Braga entende que é imperiosa uma profunda reflexão sobre o futebol que queremos. E que é fundamental que todos os agentes, desde as mais altas instâncias até aos media, reflitam sobre a hidra de três cabeças em que se transformaram as nossas competições, assoberbadas por três clubes que, com o beneplácito geral, secam e incendeiam o ambiente em seu redor, fazendo de todas as outras instituições meras figuras decorativas de um futebol que pugna por ser referência na Europa e no Mundo”, acrescenta.

O clube questiona “se valerá a pena o esforço, a dedicação e o investimento feitos ao longo dos anos para que, mesmo com armas tremendamente desiguais, continuar a crescer a nível nacional e a orgulhar este País na representação internacional que tem conseguido, dignificando e engrandecendo o futebol que é o nosso e que tanto gostamos de ver reconhecido”.

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