“Este resultado demonstra a resiliência da Sporting SAD e o início da estabilização dos efeitos adversos causados pela pandemia [de covid-19], que muito contribuíram para o resultado negativo de 23,5 ME do período homólogo”, lê-se no Relatório e Contas, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A sociedade ‘verde e branca’ contabiliza este valor positivo, graças ao aumento dos rendimentos operacionais, em 65,8 ME, apesar do aumento de gastos com a transação de jogadores (15,6 ME), com pessoal (5 ME) e outros ou provisões (13,2), segundo a evolução do resultado líquido divulgada no documento.

De acordo com o clube, os 45,8 ME recebidos pela UEFA, pela participação e desempenho na Liga dos Campeões, representaram 38% do volume de negócios neste período, acima da transação de jogadores (11,1 ME), mas abaixo de outras receitas (64,4 ME).

A receita de bilheteira totalizou 13,16 ME, um montante substancialmente superior aos 298 mil euros do período homólogo, quando a maioria dos jogos foi disputada sem público devido às restrições impostas face à pandemia de covid-19.

A ‘Champions’ é também, segundo a SAD ‘verde e branca’, uma das responsáveis pelo aumento com gastos de pessoal, de 46 para 51: “A subida dos gastos com pessoal em cinco milhões de euros está relacionada, na sua maior parte, com o pagamento de prémios, fruto do êxito desportivo (participação na Liga dos Campeões), e também de indemnizações em virtude da reestruturação do plantel”.

Apesar do aumento dos rendimentos e ganhos operacionais sem transações com jogadores, de 44,5 ME em março de 2021 para 110,3 ME, conferindo um resultado operacional sem transferências positivo de 26,82 ME (tinha registado perdas de 23,18 ME no período homólogo), a SAD do Sporting teve o passivo agravado de 310 para 332 ME.

Os resultados operacionais da SAD do Sporting cifraram-se em 17,76 ME, contrastando com os 16,05 ME negativos no período anterior, mesmo com um saldo de transferências desfavorável, de 8,5 ME, depois de ter sido de lucro de 7,1 ME.