Para o 55º Super Bowl - de longe o programa mais visto da televisão norte-americana, com audiências nos últimos anos acima de 110 milhões de pessoas - que se disputa domingo, estão destacados mais de 500 agentes do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), FBI e polícia, apesar de as forças de segurança não terem ainda registado ameaças concretas de ataques na cidade do Estado da Florida

O diretor interino do DHS, David Pekoske, afirmou quinta-feira à comunicação social que o assalto ao Capitólio no passado dia 06 de janeiro, por grupos violentos apoiantes do ex-presidente, motivou “uma maior ênfase no trabalho de investigação e inteligência” face a potenciais ameaças, mas que até agora não foram necessários “ajustes específicos”.

Michael McPherson, diretor do gabinete do FBI de Tampa, assegurou que as forças de segurança não irão baixar a guarda, apesar de “atualmente não existirem ameaças credíveis” para a final do próximo domingo, que irá opor a equipa local, os Buccaneers, aos Chiefs de Kansas City, vencedores da última edição.

Cerca de 70 agências de segurança estarão envolvidas na proteção da cidade de Tampa, a circulação está fortemente restrita nas ruas da cidade e um avião de vigilância sobrevoará a cidade antes do jogo.

A aproximação ao estádio apenas será permitida para quem tiver bilhete para o jogo, anunciaram ainda as autoridades.

Dentro do estádio, a principal preocupação será o novo coronavírus, sendo que a Florida é o terceiro Estado com mais casos no país - cerca de 1,7 milhões - atrás da Califórnia (3,4 milhões) e Texas (2,4 milhões).

Para impedir a transmissão de covid-19 dentro do Raymond James Stadium de Tampa, os 25 mil espetadores irão receber um “kit” de proteção e terão de sentar-se guardando distância de segurança.

Contudo, os médicos locais estão já a preparar-se para uma nova vaga de covid-19 após o grande evento desportivo - quando ainda estão a lidar com os efeitos da vaga registada depois do período de Natal e Ano Novo.

“Prevemos que [os casos de covid-19] vão voltar a subir na próxima semana, depois do jogo”, afirmou à cadeia de televisão local WFLA, Tim Dudley, responsável pelas emergências no condado de Hillsborough.

Jay Wolfson, professor de saúde pública na USF Morsani College of Medicine, corroborou que “os casos vão subir” depois de o apito final soar no domingo.