Kelly Slater foi eliminado na ronda 32, bateria 4, no Meo Rip Curl Pro Portugal, 3.ª etapa do circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL), a decorrer em Peniche.
Aquela que poderia ser mais uma paragem do circuito mundial durante a qual não chegou à bateria final, transformou-se, muito provavelmente, no princípio do fim de uma carreira com três décadas e onze títulos mundiais.
“Não sei se regresso (a Supertubos) para o ano”, assumiu Kelly Slater, após o afastamento no mata-mata com o brasileiro João Chianca. “Talvez seja o meu último ano (no Circuito Mundial de Surf), para ser honesto”, acrescentou.
Para Slater, nos planos que reserva para a vida tudo dependerá do próximo ano. “Depende dos Olímpicos (Paris 2024, prova de surf será disputada no Taiti, na Polinésia Francesa)”, confessou aos jornalistas na areia da praia de Supertubos. “Pode mesmo ser o meu último ano”, reforçou o americano de 51 anos.
Afastada a mente da etapa portuguesa do Championship Tour (CT), o pensamento vira-se para uma eventual reforma do circuito onde entrou há três décadas. “Se me qualificar para os Olímpicos, será o fim”, garantiu, um processo de qualificação difícil para o GOAT do surf mundial, mas cujo palco, Teahupo, será ideal para uma despedida em grande.
17.º classificado em Portugal, é lacónico em relação ao resto da temporada do Championship Tour (CT), quando faltam duas etapas, na Austrália, para o cut (corte) e na qual pode não ser um dos 24 primeiros surfistas da hierarquia que, a meio da época, garantem o apuramento para lutar pelo título mundial. “Tenho de pensar. Tive dois resultados maus (17.º em Pipeline) e um médio (9.º, em Sunset). Não é a melhor posição, veremos o que sucede (na Austrália)”, acrescentou o 16.º do ranking à entrada na prova portuguesa.
No adeus a Supertubos, Slatter elogiou o público português que sempre o apoiou e viajou pelas boas memórias em Peniche, em especial o triunfo em 2010. “A minha última vitória contra o Jordi (Smith) e no ano seguinte fui segundo classificado (atrás de Adriano Sousa), com ondas perfeitas. Tive bons momentos aqui”, resumiu.
Por fim, deixou um recado. Voltará sempre a Portugal para “jogar golfe e fazer free surf”.
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