“O resultado final considera 266 kg de roupa, 195 litros de água e 44 kg de alimentos, superando assim a fasquia da meia tonelada. Os bens angariados serão enviados para Moçambique em articulação com a Cruz Vermelha Portuguesa e Moçambicana, numa lógica concertada entre esta e outras iniciativas, primando pelos bens mais essenciais no imediato, que seguirão no sábado (6 de abril), e os restantes nas duas semanas seguintes”, refere uma nota de imprensa enviada à agência Lusa.

A informação recorda que, “na sequência da devastação proveniente da passagem do ciclone Idai, os melhores surfistas nacionais e a Allianz deram as mãos por Moçambique numa missão de solidariedade de recolha de alimentos, água e roupa ao longo do Allianz Figueira Pro, 2.ª etapa da Liga MEO Surf, que decorreu nos dias 29 a 31 de março”.

“A Allianz Portugal tem um compromisso assumido com a responsabilidade social, pelo que não podíamos deixar de apoiar a população moçambicana, numa altura em que tanto necessita. O resultado desta iniciativa superou as nossas expectativas. Em apenas três dias foram angariados quase 200 litros de água, quase 100 kg de alimentos e mais de 250 kg de roupa, que irão, sem dúvida, fazer a diferença”, destaca José Francisco Neves, membro do Comité Executivo - Diretor de Market Management da Allianz Portugal.

Já Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, destaca o contributo da comunidade de surf em Portugal e elogia o comportamento do público.

“Estamos muito contentes em poder contribuir. Desde os surfistas que, no meio das suas baterias de competição, faziam os seus donativos, aos pais e treinadores que também se empenharam, assim como o público em geral que respondeu ‘sim’ ao nosso apelo. À distância é efetivamente difícil conhecer em rigor a profundidade dos problemas em Moçambique. Mais complicado ainda é chegar definitivamente à sua solução. Fazemos votos de rápidas e firmes melhorias das condições do dia-a-dia de todos moçambicanos”, afirmou.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.

Moçambique foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1.522 feridos já contabilizados pelas autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 127 mil pessoas a viverem em 154 centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira, a mais atingida.

As autoridades moçambicanas adiantaram que o ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.