“Hoje mesmo, as autoridades policiais – a quem compete garantir a segurança de espetadores e agentes desportivos envolvidos na final - asseguraram que estão reunidas todas as condições para que o jogo se realize. A FPF saúda e agradece o esforço das autoridades policiais e judiciais e a forma como têm lidado com esta situação triste e excecional. A FPF entende que estas garantias, conjugadas com a vontade dos atletas em disputar o jogo, permitem, neste momento, confirmar a realização da final da Taça de Portugal”, referiu o organismo.

A realização do encontro decisivo da prova ‘rainha’ do futebol português foi posta em risco devido aos ataques ocorrido na terça-feira à Academia Sporting, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores.

A GNR deteve 23 dos atacantes e as reações de condenação do ataque foram generalizadas e abrangeram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

“Apelamos a que no domingo todos saibam estar à altura do futebol, do momento que vivemos e da história da Taça de Portugal”, frisou a FPF.

No mesmo comunicado, o organismo que rege o futebol nacional reafirmou que o país “necessita de responder de forma diversa ao aumento de atos de violência extrema” no futebol e considerou que a atual lei das claques é “inócua e ineficiente”.

“O Estado necessita de criar mecanismos adequados de resposta e, se for o caso de já os ter – e também afirmámos no Parlamento que esses mecanismos existem –, garantir que eles são adequadamente aplicados. De pouco ou nada adianta legislar se quem aplica as leis quase nunca se socorre delas”, defendeu.

A FPF reconheceu que é tempo de “os regulamentos atacarem os verdadeiros problemas do futebol” e mostrou “total disponibilidade” para auxiliar o Estado.

[Notícia atualizada às 20:35]