A atleta de 31 anos, que já estava suspensa desde outubro de 2022, pode recorrer da decisão, porém, se a mesma vingar, só em 06 de outubro de 2026 poderá voltar aos ‘courts’, com idade que dificilmente lhe permitirá regressar ao apogeu.
Depois de testar positivo ao medicamento Roxadustat durante um teste à urina no Open dos Estados Unidos, em agosto de 2022, a romena foi visada novamente pela ITIA, que apontou um “resultado adverso” no passaporte biológico, baseada na avaliação do perfil de Halep por um painel de especialistas independentes.
Esse grupo percebeu que a vencedora de Roland Garros em 2018 e Wimbledon em 2019 “usou substâncias ou métodos proibidos” durante 2022 com base numa coleta e análise de 51 amostras de sangue.
“O tribunal aceitou o argumento de Halep de que tinha tomado um suplemento contaminado, mas determinou que o volume que a atleta ingeriu não poderia ter resultado na concentração de roxadustat encontrada na amostra positiva”, esclareceu a entidade.
O tribunal assume que não tem motivos para duvidar da “opinião forte” e unânime dos três especialistas independentes da Unidade de Gestão de Passaportes de Atletas (APMU) de que o uso de doping é a única explicação para as irregularidades no perfil da romena.
“Após um processo de audiência complexo e rigoroso, saudamos a decisão do tribunal independente. O volume de provas a considerar pelo tribunal tanto no processo roxadustat como no processo ABP foi substancial”, destacou Karen Moorhouse, CEO da ITIA.
O Roxadustat é uma substância legitimamente usada para o tratamento da anemia, mas está na lista de substâncias proibidas da WADA por ser considerado um agente dopante sanguíneo, que aumenta a hemoglobina e a produção de glóbulos vermelhos.
O painel de cientistas especializados que analisaram o caso de Halep não tem acesso à identidade da pessoa cujos dados avaliam.
Os argumentos da acusação e da defesa foram dirimidos, em conjunto, num total de cerca de 8.000 páginas.
Simona Halep alegou sempre que nunca tomou qualquer substância proibida de forma consciente e, mais do que uma vez, disse sentir-se perseguida neste processo.
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