Após reunir por videoconferência com 240 atletas de todo o mundo, a antiga nadadora do Zimbabué indicou que o início dos Jogos deve acontecer como estipulado, contudo mostra-se atenta ao desenvolvimento da crise mundial devido ao novo coronavírus.
Kirsty Coventry deixou claro, depois de colocadas mais de 40 questões pelos atletas, que é “preciso ser realista e não entrar em pânico” nos meses que antecedem os Jogos, uma vez que o “cenário” muda a cada hora e todos os dias.
“Queremos ter certeza de que estamos a participar na diminuição desse vírus o máximo possível, mas no final do dia o objetivo é ajudar todos os nossos atletas a chegarem a Tóquio [Japão]”, observou.
Por sua vez, o presidente do COI, que participou igualmente na videoconferência, considerou que é preciso ser realista na análise à situação da pandemia.
“Fomos muito construtivos [na conversa com os atletas] ao avaliar o caminho para Tóquio e todos perceberam que ainda faltam mais de quatro meses. Vamos continuar a agir de maneira responsável, juntamente com o interesse dos atletas, respeitando sempre estes nossos dois princípios”, declarou Thomas Bach.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, começou em dezembro na China e infetou mais de 210 mil pessoas em 170 países, das quais mais de 8.750 morreram.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes para 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira. No entanto, este número baseia-se na confirmação de três casos positivos nos Açores, mas a Autoridade de Saúde Regional, contactada pela Lusa, sublinhou serem dois os casos positivos na região e adiantou estar em contactos para se corrigir a informação avançada pela DGS, baixando assim para 641.
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