“A pressão é sempre a mesma, porque aqui somos obrigados a ganhar e a apresentar resultados. Agora, é uma pressão bem melhor estar na frente, não duvido. Pelo menos, é uma pressão mais feliz e estar atrás nunca é melhor do que andar na frente. Temos de ir atrás do prejuízo, que não é pouco. Temos consciência disso, mas o campeonato é longo e temos mais uma batalha para ganhar”, avaliou o técnico, em conferência de imprensa.

Os ‘dragões’ tropeçaram nas últimas duas jornadas, ao perderem em casa face ao líder invicto Benfica (0-1) e empatarem nos Açores com o Santa Clara (1-1), descendo para a terceira posição, com 23 pontos, a dois do ‘vice’ Sporting de Braga e a oito das ‘águias’.

“Todos os jogos são finais para nós se queremos ir à procura do que conseguimos neste último ano e defender o escudo de campeão nacional que temos na camisola. Está mais difícil, mas também já esteve difícil em outros anos e conseguimos. O rival precisa de um ciclo menos bom, mas não podemos pensar em facilitar em algum momento na I Liga, já que não temos essa margem de erro. Essa é a pressão, mas, se estivéssemos na frente, tínhamos a mesma pressão de não perder pontos e guardar o primeiro lugar. A pressão faz parte do nosso trabalho e da nossa vida. Por isso, dou-me bem com ela”, sustentou.

Com sete vitórias, dois empates e duas derrotas, o FC Porto nunca tinha perdido tantos pontos à 11.ª ronda do campeonato na ‘era’ Sérgio Conceição, treinador que detetou no Paços de Ferreira uma “equipa de qualidade”, apesar de estar a viver o pior arranque em 24 presenças na elite e de ser o único primodivisionário sem qualquer êxito em 2022/23.

“A classificação não nos diz muito. É um clube que tem feito épocas atrás de épocas na I Liga. Não está a atravessar um bom momento, daí a troca de equipa técnica. A partir daí, começam as nossas dificuldades. Olhámos para as suas dinâmicas coletivas com e sem bola e para os esquemas táticos nos últimos dois jogos, mas não podemos adivinhar se será nesses diferentes comportamentos que o Paços de Ferreira virá ao Dragão”, notou.

Sérgio Conceição lembrou que o homólogo José Mota, substituto de César Peixoto no comando dos ‘castores’, é um técnico “com muita experiência, que anda há muitos anos nisto e quer o máximo dos seus jogadores em termos de foco e agressividade no jogo”.

“Para já, jogar contra o campeão nacional é sempre muito motivador para qualquer atleta que nos enfrenta. Depois, tendo um treinador como o José Mota, penso que entrarão no máximo das suas capacidades, já que a responsabilidade de ganhar o jogo é toda nossa. Isso pode aliviar um pouco a pressão do oponente, o que acaba por não ser positivo para nós. De qualquer maneira, temos de superar isso e estar atentos a estes detalhes, mas focar naquilo que somos como equipa e fazer tudo para ganhar os três pontos”, reforçou.

A fase interna do FC Porto contrasta com o desempenho na Liga dos Campeões, que foi abrilhantado na terça-feira com um triunfo ante o Atlético de Madrid (2-1) e levou o clube pela sexta vez à vitória no grupo, após 1996/97, 2007/08, 2008/09, 2014/15 e 2018/19.

“Não é só um problema do FC Porto. Há vários fatores e já os enumerei. Temos de saber dar a volta à situação. Temos um grupo inteligente, que está em permanente evolução e esse crescimento no plano emocional é muito importante num atleta de alta competição. Há esse desafio e compromisso de fazermos muito melhor do que fizemos num passado recente no campeonato, que é o nosso principal objetivo”, aconselhou Sérgio Conceição.

David Carmo e o colombiano Matheus Uribe cumpriram suspensão na derradeira jornada da fase principal da ‘Champions’, mas podem reintegrar as opções dos ‘azuis e brancos’, ao contrário de Pepe, do nigeriano Zaidu e do brasileiro Gabriel Veron, todos lesionados.

O FC Porto, terceiro classificado, com 23 pontos, recebe o lanterna-vermelha Paços de Ferreira, com dois, no sábado, às 18:00, no Estádio do Dragão, no Porto, num confronto da 12.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Manuel Oliveira, da associação do Porto.

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