"Conversámos, discutimos e todos deram a sua opinião sobre o futuro e o que é necessário para a 'Juve'. O clube decidiu que o melhor é que eu não seja mais o seu treinador”, disse Massimiliano Allegri, que falava durante uma conferência de imprensa realizada na presença de todos os jogadores da equipa.
O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, também presente, confirmou que foi ele quem tomou a decisão de não continuar com Allegri, que em cinco anos conquistou cinco títulos e quatro taças de Itália, mas não conseguiu, apesar de presente em duas finais, conquistar a Liga dos Campeões.
“Após a derrota com o Ajax [nos quartos de final], pensei sinceramente continuar com Max. Era difícil entender se era o momento certo para encerrar um dos ciclos mais extraordinários da história da Juventus”, considerou Agnelli.
O presidente da Juventus acrescentou que como líder empresarial tem que tomar decisões no momento certo e só o tempo é que irá dizer se a opção agora tomada foi a certa.
“Somos todos úteis, mas ninguém é indispensável. A história do clube é sempre maior que a história de qualquer individualidade”, acrescentou Andrea Agnelli, que se recusou a responder a perguntas sobre o futuro treinador da Juventus.
Massimiliano Allegri, de 51 anos, disse encarar com “naturalidade” e “tranquilidade” este momento, mas não adiantou pormenores sobre o seu futuro.
Sob o comando do treinador italiano, desde 2014, a equipa de Turim atingiu por duas vezes a final da principal prova europeia de clubes, mas saiu derrotada em ambas, em 2015, frente ao FC Barcelona, por 3-1, e em 2017, perante o Real Madrid, por 4-1.
Na edição desta temporada da ‘Champions’, a Juventus foi eliminada nos quartos de final pelos holandeses do Ajax, tendo empatado 1-1 em Amesterdão, no jogo da primeira mão, e perdido por 2-1 em casa, no segundo confronto, com Cristiano Ronaldo a marcar os dois golos da ‘crónica’ campeã italiana.
Após a eliminação, Agnelli afirmou que a temporada seguinte da ‘Juve’ seria realizada “certamente com Allegri no banco de suplentes”, lembrando que o técnico ainda tinha mais um ano de contrato e que iriam ambos “conversar no fim da época”, com vista a encontrar uma forma de o clube “regressar ainda mais forte”.
Apesar de nunca ter falhado a conquista do título italiano, os fracassos sucessivos na Liga dos Campeões motivaram o descontentamento dos adeptos ‘bianconeri’, que também se mostraram sempre muito críticos com o estilo de jogo da equipa, considerado muito defensivo.
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