Se na memória de um torneio da dimensão de um Campeonato da Europa cabem todos os rasgos de talento e demonstrações de técnica, seja na hora de fazer um golo ou uma assistência, mas também no momento de uma defesa ou de um corte fundamental, também é verdade que há momentos tanto ou quanto surreais que viverão para sempre em analogias de conversas de adeptos ou em gifts na Internet. Hoje, no Espanha - Croácia aconteceu um destes.
O relógio do árbitro marcava os 20 minutos de jogo quando Pedri, jovem do FC Barcelona, ali perto da linha do meio-campo decidiu fazer recuar a bola até ao guarda-redes. Unai Simón, perante uma bola que tinha tudo para lhe parar no pé, deixou o esférico raspar no topo da chuteira e fugir para o fundo das redes.
A forma surreal com que a Croácia acabou por inaugurar o marcador esta tarde não é no entanto caso único neste Euro. Aliás, o autogolo, estatisticamente, tem sido um dado curioso desta edição do torneio, uma vez que desde o início deste europeu já foram marcados tantos autogolos como no total de todas as 15 edições anteriores.
No total, neste Euro2020 já foram marcados nove autogolos. E se até este Campeonato da Europa nunca um guarda-redes tinha introduzido a bola na própria baliza, neste já quatro guardiões o fizeram. O primeiro foi o polaco Sczcesny, o segundo foi o finlandês Hradecky, o terceiro foi o eslovaco Dubravka, curiosamente num jogo contra Espanha e num momento que dificilmente ficará atrás do de hoje protagonizado por Simón, e finalmente, o quarto foi o do guarda-redes do Athletic Bilbao recém nomeado.
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