“A ideia surgiu de um desafio de uma das organizadoras da Aquarela Teatro de Fantoches, que faz desporto náutico comigo e sabia que eu gostava de escrever e desafiou-me”, recordou.
A história agora adaptada reflete a travessia que João Rodrigues fez, aos 40 anos, em junho de 2011, por altura das comemorações dos 40 anos da reserva natural das ilhas Selvagens.
O madeirense João Rodrigues fez história, ao tornar-se o primeiro velejador a fazer a travessia em prancha à vela entre a ilha da Madeira e as ilhas Selvagens.
João Rodrigues é o português com mais presenças em Jogos Olímpicos, um total de sete, tendo como melhor classificação o sexto lugar em Atenas2004, ganhou também o direito de ver o seu nome inscrito no Guinness, como a travessia mais longa jamais conseguida em prancha à vela (windsurf), numa só etapa.
O velejador reconhece que a “Travessia” é o reflexo do seu sonho de criança.
“Quando se transporta isto para um universo mais infantil eu não quis escapar à minha alma mais infantil e lembrar-me de tudo o que vivi naquela travessia, mas também do que me levou a querer fazê-la. Retrata ainda um sonho de criança, de querer, quando era mais novo, ir até o ilhéu do Lido, mais tarde, até às [ilhas] Desertas e, depois, até ao Porto Santo”, disse.
Apesar de reconhecer que parece uma frase feita, João Rodrigues acredita que o sonho se concretizou, porque “esperou muitos anos até ser possível fazer a travessia” e que se “materializou quando tinha 40 anos”.
Nesta “Travessia”, o Vagabundos dos Mares irá cruzar-se com as personagens o ‘Sr. Responsável’, o ‘Sr. Medroso’, uma sereia apaixonada e um Adamastor no que o autor considera serem as personagens que de uma forma ou de outra lhe passaram pela vida.
O conto foi adaptado a uma peça de fantoches, cuja estreia está marcada para sábado, dia 26 de janeiro, num centro comercial do Funchal.
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