Chris Froome foi impedido pela organização da Volta a França de se inscrever na prova de 2018, que arranca na próxima semana. O objetivo, adianta o jornal francês 'Le Monde', é proteger a imagem da prova, uma vez que ainda se aguarda pela resolução de um recurso apresentado pelo ciclista da Sky aos resultados de testes de dopping em setembro do ano passado.

Entretanto, a Sky já apresentou recurso para o tribunal arbitral do Comité Olímpico Francês, que vai analisar o caso na próxima terça-feira, devendo a decisão ser conhecida no dia seguinte, diz também o jornal francês. Decisão essa que pode ser também alvo de recurso, porém, o segundo veredito não deverá chegar a tempo do início do Tour, que arranca sábado, dia 7 de julho.

Em dezembro de 2017, a União Ciclista Internacional (UCI) confirmava o controlo antidoping adverso a Froome, no caso o broncodilatador salbutamol.

A análise à urina de Chris Froome realizada em 7 de setembro, após a 18.ª etapa da Volta a Espanha, revelou uma concentração de 2.000 nanogramas por mililitro de salbutamol, substância presente num dos medicamentos mais utilizados no tratamento da asma, o dobro do autorizado pela AMA.

Sendo um estimulante do aparelho respiratório, o fármaco tem efeitos anabolizantes em doses elevadas, permitindo o aumento da massa muscular e a diminuição da gordura corporal.

O ciclista britânico Chris Froome, que sofre de asma, disse já que se limitou a seguir “os conselhos do médico da equipa para aumentar” a dose de salbutamol, mas tomando sempre “as maiores precauções” para garantir que não excedia as doses permitidas.