“Foram três belas semanas. Foi uma grande luta com o Jonas, temos pelo menos dois belos anos à nossa frente para a reeditarmos”, previu o jovem de 23 anos, que, no domingo, vai subir ao pódio como ‘vice’ do dinamarquês da Jumbo-Visma.
Vencedor das últimas duas edições, o mais jovem bicampeão da história da ‘Grande Boucle” confessou ter “aprendido muito” nesta edição.
“Eu e a minha equipa cometemos pequenos erros. E não faz mal, porque significa que temos uma margem de progressão muito grande para o próximo ano e que podemos melhorar em todos esses pequenos detalhes. Isso dá-me uma grande motivação, vou regressar faminto nas próximas corridas e no próximo Tour. Adoro ter desafios na vida e tenho um grande com o Jonas”, declarou.
‘Pogi’ indicou que o maior erro que cometeu foi na 11.ª etapa, que terminou no Col do Granon, onde Vingegaard se impôs e lhe ‘roubou’ a amarela, para não mais a devolver.
“Nessa etapa, desgastei-me a responder a toda a gente e o final tornou-se muito duro. Foi um erro da minha parte, mas terá havido outros. Depois, estávamos a enfrentar uma equipa [Jumbo-Visma] verdadeiramente muito forte, praticamente sem falhas. Eles fizeram a corrida perfeita. Nós também tivemos azar com a covid-19, antes e durante o Tour. Acabámos com quatro corredores, a metade da equipa”, evidenciou.
O esloveno perdeu quatro dos seus companheiros durante a prova – George Bennett e Vegard Stake Laengen devido à covid-19, Rafal Majka por lesão e Marc Soler por ter chegado fora de controlo, numa etapa em que estava doente -, depois de já ter ficado privado de Matteo Trentin, infetado com o coronavírus e substituído por um fora de forma Marc Hirschi antes do ‘Grand Départ’, que aconteceu em 01 de julho, em Copenhaga.
No entanto, ‘Pogi’ não poupou os elogios ao seu adversário, que definiu como “um corredor sólido, que foi capaz de assumir o controlo da corrida na montanha”.
“Eu também estou mais maduro e continuarei a lutar para continuar a ganhar. Ainda tenho uma camisola especial, a branca, que ganhei pelo terceiro ano consecutivo”, notou o vencedor da classificação da juventude.
O líder da UAE Emirates prometeu não mudar a sua forma de correr, garantindo ter-se “divertido muito” durante este Tour, no qual é segundo classificado, a 3.34 minutos de Vingegaard.
“Ainda assim, foi um bom Tour para mim, dei tudo e perdi para o mais forte este ano. Para os espetadores, talvez nem tenha sido mau, porque eles adoram mudanças. Muitos querem um vencedor diferente todos os anos”, defendeu.
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