Na 79.ª edição da prova rainha do calendário nacional, que arranca na sexta-feira, em Lisboa, e termina a 15 de agosto, em Viseu, só um poliglota creditado conseguirá decifrar o intricado sistema idiomático do grupo de 140 ciclistas, que conta com emissários de países tão distantes quanto a Eritreia, a Costa Rica, a Nova Zelândia ou o Uzbequistão.

Neste planisfério improvisado, onde Portugal continua a ser rei, com 33 ciclistas, e a Espanha a sua eterna ‘dama de honor’ (22), há novas e surpreendentes nações maioritárias, como o Canadá (7), que ocupa um honroso sexto lugar do ‘ranking’, atrás de países do ciclismo clássico, como a Itália (13), a Alemanha (12), a Holanda (10) ou a França (9).

Entre as 18 equipas participantes, há duas que se destacam pela sua multiculturalidade: a Israel Cycling Team e a Kuwait-Cartucho.es, que entre os seus oito ciclistas congregam seis nacionalidades diferentes.

A equipa de Israel, apenas com dois corredores nacionais, tem elementos de origens tão distintas como Espanha, Austrália, Letónia, Canadá, e Nova Zelândia, enquanto a formação do Kuwait, sem qualquer representante do país árabe, tem corredores de Austrália, Itália, Espanha, Alemanha, Eritreia e Marrocos.