“A WTA acredita que não deve haver diferença nos padrões de tolerância proporcionados às emoções expressas por homens e mulheres e estamos comprometidos em trabalhar com o desporto para garantir que não haja discriminação. Não acreditamos que isso tenha sido feito sábado à noite”, disse Steve Simon, diretor-geral do organismo.
Na final com Naomi Osaka, a norte-americana Serena Williams foi punida com três violações de conduta pelo árbitro português Carlos Ramos, num jogo vencido pela jovem nipónica por esclarecedores 6-2 e 6-4.
Serena Williams agrediu verbalmente o árbitro, chamando-o de “mentiroso e ladrão”, por este a punir por ter recebido instruções da bancada — o treinador de Serena confirmou que o fez, embora diga que a sua pupila não o ouviu – e acusou-o de “sexismo”.
A Pro Tour feminina solidarizou-se também.
O campeão masculino, o sérvio Novak Djokovic, igualmente castigado no passado pelo juiz luso, entende que o castigo não deveria ter sido tão duro.
“Podia ter sido diferente, mas não mudou o rumo da partida”. Na minha opinião talvez tenha sido desnecessário. Todos temos as nossas emoções, principalmente quanto lutamos por um título do Grand Slam”, disse.
Ainda assim, o terceiro jogador do ranking discorda que haja tratamento diferente dos árbitros para homens e mulheres.
“Não vejo as coisas da mesma forma do senhor (Steve) Simon. Realmente não. Acho que homens e mulheres são tratados desta ou daquela forma dependendo da situação. É difícil generalizar as coisas, realmente. Acho que não é necessário haver este debate”, concluiu.
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