O conselho da AdC tomou a decisão de não oposição à operação de concentração há cerca de uma semana, em 5 de maio, considerando que o negócio “não é suscetível de criar entraves significativos” à concorrência efetiva nos mercados da prestação de serviços de ticketing e dos serviços de tecnologias de informação relacionados com bilhética, segundo o aviso publicado na página de internet daquela autoridade.
Ao comprar de 51% da Blueticket, mas mantendo-se a Arena Atlântico também como acionista da empresa, a Altice Portugal entra assim numa nova área de negócio.
O negócio foi notificado à AdC em 13 de fevereiro, um dia antes de a Altice Portugal, em comunicado, anunciar ter chegado a acordo com a Arena Atlântico para comprar o controlo (51% do capital) da Blueticket, mas sem revelar os valores envolvidos na operação.
Em comunicado divulgado nesse dia, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, reconheceu que a compra de 51% da empresa de bilhética era uma aposta numa nova área de atividade e representava “maior investimento e o alargamento do seu ecossistema e área de atuação”.
No mesmo comunicado, também o administrador executivo da Arena Atlântico e da Blueticket, Jorge Vinha da Silva, sublinhava que o negócio representava “uma importante oportunidade de crescimento” da Blueticket e adiantou que “a entrada da Altice no capital da empresa assegura o acesso a know-how tecnológico e garante escala à atividade comercial da Blueticket”.
A Blueticket – que no seu ‘site’ informa vender por ano 3,5 milhões de bilhetes – surgiu da cisão da área de ‘ticketing’ da Arena Atlântico, que se dedica à exploração de espaços para espetáculos e eventos, através da gestão e exploração do pavilhão Altice Arena(antigo Pavilhão Atlântico), na Expo em Lisboa.
A MEO, do grupo Altice, presta serviços de comunicações eletrónicas, de transporte e difusão de sinal, de oferta de serviços de voz, vídeo, dados e Internet, tanto fixos como móveis, e distribui televisão por subscrição.
(O SAPO24 é a marca de informação do Portal SAPO, detido pela MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A., propriedade da Altice Portugal)
Comentários