Num comício em Parede, no distrito do Porto, no qual participava para apoiar o atual presidente e candidato do PS à Câmara Municipal local, Alexandre Almeida, o secretário-geral do PS salientou que é preciso ter em conta “três números” para se conseguir ter “noção do que é que representa o Plano de Recuperação e Resiliência para as empresas”.
Afirmando que, no âmbito do programa Portugal 2020, as empresas tiveram, em apoios dos fundos europeus, “cinco mil milhões de euros”, António Costa referiu que, no próximo programa Portugal 2030, esse número subirá para seis mil milhões de euros, “nos mesmos termos” do Portugal 2020.
Além disso, o secretário-geral do PS frisou ainda que o PRR “disponibiliza para a capitalização das empresas, e para investir na inovação tecnológica, 2.930 milhões de euros”, para além dos fundos em reserva de 2.300 milhões de euros que também serão mobilizados “se as empresas, nos próximos seis anos, forem capazes de absorver” os 2.930 milhões de euros já previstos.
“Dirão: ‘era melhor que fosse mais’. Ah, pois era! Mas, apesar de tudo, aquilo que dizemos é isto: entre o Portugal 2030 e o PRR, as empresas vão dispor nos próximos seis anos do dobro daquilo que tiveram nos seis anos anteriores”, apontou.
António Costa afirmou assim que o “casamento” entre o Estado e os municípios é “absolutamente essencial”, porque, apesar de não competir ao Estado “ser empresário”, deve “criar condições para que as empresas possam investir, ser mais fortes, encontrar melhores mercados para gerarem mais e melhor emprego, com melhor qualidade”.
“E a missão dos municípios é absolutamente fundamental, porque são eles que conhecem o território, o tecido empresarial, os recursos humanos que existem em cada terra, e são eles que estão em melhores condições de fazer a ponte entre aquilo que são as necessidades de formação profissional, da requalificação profissional, no investimento na formação dos jovens e das crianças, nas necessidades das empresas (…) que podem investir com confiança e segurança para ajudar a desenvolver cada um destes territórios”, salientou.
O secretário-geral do PS apelou assim a que, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia, o país se “continue a ajudar” de maneira a cumprir com a “estrita obrigação” e a “exigência dos portugueses de hoje”: “fazer mais e mais depressa”.
“Aquilo que é o nosso dever para com as gerações futuras é não desperdiçarmos um segundo, um minuto, um dia, uma semana, e arregaçarmos as mangas para pormos em prática imediatamente no terreno todas as oportunidades que o PRR nos abre”, salientou.
António Costa dedica hoje o seu dia de campanha autárquica ao distrito do Porto, percorrendo oito concelhos.
Além do comício em Paredes, o secretário-geral do PS já esteve em Marco de Canaveses e Penafiel e, durante a tarde, irá estar em Valongo, Maia, Matosinhos, Gondomar e terminará o dia em Vila Nova de Gaia.
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