A proposta foi votada por pontos, tendo a maioria sido viabilizada apenas com os votos a favor dos deputados municipais de PSD, CDS-PP, MPT, PPM e Aliança, que integram a coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que governa a cidade sem maioria absoluta, sob a liderança de Carlos Moedas (PSD).

“Em dois anos consecutivos, 2023 e 2024, apresentamos o maior orçamento de sempre desta câmara municipal: 1,3 mil milhões de euros […] Lisboa nunca teve antes na sua história um orçamento desta dimensão”, afirmou Carlos Moedas, na apresentação da proposta orçamental para o próximo ano.

O autarca do PSD disse que “audácia, concretização, resultados” são as palavras-chave do orçamento para 2024, defendendo que “responde aos grandes desafios” que a cidade enfrenta, “que são os maiores de sempre”, destacando o investimento de 150 milhões de euros na área da habitação (mais 41,5% face a 2023).

No âmbito da discussão, o PS anunciou o voto de abstenção e Carlos Moedas agradeceu a responsabilidade política dos socialistas ao viabilizarem o orçamento municipal para 2024.

Este é o terceiro orçamento apresentado pela liderança PSD/CDS-PP e que, à semelhança dos anteriores, foi viabilizado em câmara com a abstenção do PS e os votos contra dos restantes vereadores da oposição.

O orçamento municipal de Lisboa para 2024 tem um valor de 1.303 milhões de euros e prevê um investimento de 150 milhões de euros para a habitação; 9,1 milhões para a área da saúde; 14,3 milhões para medidas de apoio social; 27,1 milhões para creches e escolas; 289 milhões para mobilidade; 62 milhões para cultura; 67 milhões para o Plano Geral de Drenagem e 57 milhões para devolver IRS aos lisboetas.