Em maio, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi negativa em 0,5%, recuperando face aos -1,7% de abril, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de 0,5% em abril para 1,6% em maio.
Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico, pelo que não refletem em cada momento a taxa de variação homóloga do respetivo agregado de Contas Nacionais.
Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que, “na atual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.
“Adicionalmente — acrescenta — o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo”.
A data da próxima divulgação será 22 de julho.
Na semana terminada em 13 de junho, o indicador diário de atividade económica (DEI) – também hoje divulgado pelo BdP – apresentou uma estabilização face à semana anterior.
A taxa bienal correspondente registou um aumento no mesmo período, sinaliza.
O DEI foi lançado recentemente pelo BdP para identificar “mais facilmente” alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do BdP ou do Eurosistema.
Uma vez que a evolução recente do DEI se encontra “fortemente influenciada por efeitos base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afeta de forma significativa a evolução homóloga da atividade em 2021”, a taxa bienal permite mitigar a influência destes efeitos base ao acumular a variação, em dias homólogos, para um período de dois anos.
O DEI cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.
Conforme explica o BdP, a utilização deste tipo de dados de alta frequência “intensificou-se na sequência da crise desencadeada pela pandemia de covid-19”, já que, dado o “curto desfasamento” da sua divulgação face ao período de referência, permitem “identificar atempadamente alterações bruscas na atividade económica”.
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