Primeiro a crise bolsista causada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB), com sede nos EUA, e agora as declarações do presidente do banco estatal saudita, Ammar al-Khudairy, que recusou mais injeções de capital.
Numa entrevista à Bloomberg, Ammar al Khudairy anunciou que não daria mais assistência financeira ao banco suíço para o ajudar a lidar com as suas contas em dificuldades. "Não podemos porque excederíamos 10% (da participação). É uma questão regulamentar", disse.
Os preços do petróleo bruto continuaram a cair hoje, com o barril de WTI a negociar ao preço mais baixo desde dezembro de 2021, devido às preocupações sobre o potencial impacto das dificuldades do Credit Suisse, após o colapso do SVB. Às 11:30 em Lisboa, o petróleo bruto do Mar do Norte Brent para entrega em maio desceu 1,43% para 76,34 dólares.
Às 10:45 em Lisboa, o Credit Suisse caía mais de 21% na bolsa de valores de Zurique, arrastando todo o setor financeiro europeu, que em sessões recentes já tinha sofrido com o colapso do banco norte-americano Silicon Valley Bank.
Dos principais bancos europeus, a Société Générale descia 9,83 %, o BNP Paribas 8,74% e o ING (Países Baixos) 8,24%.
O Commerzbank e o Deustche Bank, da Alemanha, caíam 7,96% e 6,92%, enquanto no Reino Unido o Barclays perdia 6,44% e o HSBC 3,95%.
O Unicredit italiano também perdia 6,87% e o Intesa Sanpaolo 5,94%.
Em Espanha, o BBVA e o Santander caíam 7,22 % e 6,76 %, respetivamente.
Às 11:55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a baixar 2,57% para 438,02 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt caíam 2,38%, 3,31% e 2,74%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 3,75% e 3,70%, respetivamente.
Em Portugal, o BCP, único banco do PSI, estava a cair 7,40% para 0,20 euros.
Arrastado pelo BCP, o PSI recuava 1,82% para 5.869,83 pontos.
O banco saudita adquiriu esses 10% de ações no ano passado no aumento de capital lançado pelo Credit Suisse, um investimento no qual o banco do Médio Oriente investiu 1.500 milhões de francos suíços (1.530 milhões de euros).
Em 2022, o banco sediado em Zurique registou uma perda de 7.293 milhões de francos suíços (cerca de 7.400 milhões de euros), 4,5 vezes mais do que em 2021.
Afetado pela sua exposição a empresas de risco financeiramente problemáticas, como a Archegos ou a Greensill, o Credit Suisse também sofreu levantamentos de liquidez de 123.200 milhões de francos suíços (126.000 milhões de euros) no ano passado.
(Artigo atualizado às 19:15)
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