A ideia foi defendida pela administradora responsável pelo pelouro de Sistema de Pagamentos do Banco de Cabo Verde (BCV), Antónia Lopes, porta-voz para a imprensa do IX Encontro de Sistema de Pagamentos dos Bancos Centrais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que acontece durante os próximos três dias, na cidade da Praia.

Cabo Verde volta a receber este encontro, depois do primeiro em 2003, na ilha de São Vicente, e, segundo a mesma responsável, desde então nota-se uma “grande evolução” nos sistemas de pagamento nos países lusófonos.

“Hoje precisamos continuamente de, dada a inovação digital, estar a ajudar a regulamentação e legislação lá onde é necessário, tendo em atenção os riscos, porque a inovação digital aumenta os riscos, sobretudo os riscos cibernéticos”, apontou, para quem estes encontros de técnicos desta área servem para permitir a cooperação, partilha de ideias e de conhecimentos.

E a partir daí, os países mais evoluídos, como Portugal, Brasil, Angola ou Moçambique, ir ajudando quem está em níveis menos avançados.

“Terá que ser com ajustamentos a cada país, mas a base de desenvolvimento e modernização é a mesma”, prosseguiu Antónia Lopes, destacando a contribuição que os sistemas de pagamento dão para a condução da política monetária, para a inclusão financeira e para o Produto Interno Bruto (PIB).

“Tendo um sistema de pagamento evoluído, há uma melhor circulação do dinheiro, há melhor facilidade em termos dos pagamentos”, frisou a mesma responsável, em declarações à agência Lusa.

O encontro, que deveria acontecer em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia de covid-19, tem como tema principal “A inovação digital como estratégia de transformação do Sistema de Pagamentos”.

Vão ser ainda discutidos outros temas como a “A inovação digital no mercado de pagamentos de retalho”, “Iniciativas facilitadoras de inovação de pagamentos e inclusão financeira” e “O futuro… a Moeda Digital de Banco Central”.

A abertura contou com representantes de Cabo Verde, Angola, Brasil, Portugal e Moçambique. e São Tomé e Príncipe deverá chegar ainda hoje, e Timor-Leste, Guiné Equatorial e Guiné-Bissau não marcam presença.

Os Encontros de Sistema de Pagamentos dos Bancos Centrais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa acontecem de dois em dois anos, por ordem alfabética dos países, pelo que o próximo deverá ser na Guiné-Bissau, em 2024.

A anteceder o encontro, o Banco de Cabo Verde realizou um ‘workshop’ sobre os “Desafios da transformação digital no setor de pagamentos” no país, para promover o alargamento do debate em torno da inovação e transformação digital no setor dos pagamentos também à comunidade financeira e a todos os intervenientes do mercado.

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