De acordo com o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, o ano passado, 90% dos depósitos a prazo simples comercializados para o público em geral davam de remuneração uma taxa anual nominal bruta (TANB) igual ou inferior a 1%.
Além disso, 72% dos depósitos ofereciam mesmo uma taxa inferior a 0,5%.
Em 2015, os depósitos simples que ofereciam uma taxa inferior a 0,5% eram 57%.
Estas informações mostram como os bancos têm vindo a diminuir a remuneração dada aos seus clientes que guardaam o dinheiro no sistema bancário.
Em Portugal, é proibido os bancos cobrarem aos clientes por guardarem o dinheiro, pelo que tem de haver sempre uma remuneração nominal. Contudo, tendo em conta a inflação, a remuneração real dos depósitos é muitas vezes praticamente zero, isto sem levar em conta a tributação ou o custo de manutenção de conta.
Além dos depósitos a prazo simples comercializados para o público em geral, os bancos têm depósitos destinados a públicos específicos, como jovens, reformados ou emigrantes, ou com finalidades específicas, caso de contas de condomínio, entre outras especificidades.
Já para os novos depósitos, diz o Banco de Portugal que estes “apresentaram, em média, uma taxa de remuneração superior à da restante oferta, para todos os prazos analisados”.
O banco central diz ainda que tem diminuído a diversidade nos depósitos disponibilizados pelos bancos, tanto em taxas de remuneração, como em montantes mínimos de constituição e outras condições de acesso.
Em 2016, os clientes bancários particulares aplicaram cerca de 68 mil milhões de euros em novos depósitos a prazo, abaixo dos 72 mil milhões de euros de 2015.
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