“O BCE vai tentar acalmar os mercados não modificando de forma significativa a orientação futura” da política monetária, previu o economista Holger Schmieding, do banco Berenberg, citado pela AFP.

Desde 2015, o BCE tem mantido as suas taxas de juro em mínimos históricos e tem feito avultadas aquisições mensais de dívida pública e privada para apoiar o crescimento económico.

Na reunião de junho, o BCE deu sinais de estar a preparar uma transição suave na política bastante flexível que tem seguido, mas declarações de Draghi num seminário em Sintra viriam depois a agitar os mercados, tendo sido interpretadas como um sinal de que há espaço para retirar mais cedo do que o previsto os estímulos do banco central.

Para a maioria dos analistas, o BCE deverá esperar pela reunião de setembro para anunciar quais são as suas intenções em relação ao programa de compra de ativos, que está em vigor até ao fim do ano, com um volume mensal de aquisições de 60 mil milhões de euros.

“Prevemos uma redução do ritmo de compra de 10 mil milhões de euros por mês a partir de janeiro de 2018, com um prolongamento do programa até ao fim de junho”, indicou Jennifer McKeown, analista da Capital Economics.

Os economistas também não esperam que se registem alterações nas taxas de juro, com a principal taxa de refinanciamento, atualmente, em zero e a taxa de depósitos em -0,40%.

O BCE já indicou que só deve subir as taxas de juro depois do fim do programa de compra de dívida.

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