Com esta subida, a terceira consecutiva e a segunda desta dimensão, a principal taxa de refinanciamento do BCE fica em 2%, a taxa de juro aplicada aos depósitos fica em 1,5% e a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez passa para 2,25%.

No comunicado divulgado após a reunião do BCE, a instituição refere que "espera continuar a subir" as taxas nos próximos meses "para assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de 2% a médio prazo".

Os últimos dados divulgados indicaram uma taxa de inflação homóloga de 9,9% em setembro, na zona euro, muito longe dos 2% que o BCE fixou como meta.

O BCE já tinha decidido duas subidas das taxas de juro desde o início do verão, pondo fim a uma década de política monetária expansionista. Em julho começou com um aumento de 50 pontos base e em setembro acelerou para uma subida de 75 pontos base.

Marcelo defende que BCE deve reponderar "subida em galope das taxas de juro"

O Presidente da República defendeu hoje que o Banco Central Europeu (BCE) deve reponderar até ao fim deste ano a "subida em galope das taxas de juro", que considerou poder ser a opção errada na atual conjuntura.

"Vale a pena pensar, e pensar o mais próximo possível, se é de continuar este galope, porque pode ser a maneira não certa, não correta de resolver o problema, nem o da inflação, nem o do crescimento económico", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O chefe de Estado, que falava após ter ouvido uma intervenção do ex-vice-presidente do BCE Vítor Constâncio sobre esta matéria, numa iniciativa da Ordem dos Economistas, manifestou a esperança de que "daqui a um mês já tenha chegado aos decisores europeus, nomeadamente ao BCE, esta preocupação".

"Aumentar assim, a este ritmo, os juros não é, para curar o doente, acabar por fazer mal à sua saúde? Apertá-lo, estrafegá-lo, com a ideia de o salvar? Isso não tem custos na vida das pessoas, nomeadamente no crédito à habitação, e na vida em geral? Não é mais negativo do que positivo nas economias? Foi isso que aqui foi levantado hoje. É isso que merece ser pensado no próximo mês, nos próximos meses, antes de chegarmos a 2023", defendeu.

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