Segundo um comunicado conjunto divulgado aos investidores das duas empresas “o acordo não vinculativo propõe a formação de uma ‘joint-venture’ [parceria] que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing”.
Nos termos do acordo anunciado, a Boeing deterá 80% da nova empresa e a Embraer os 20% restantes.
O mesmo documento informa que a transação avalia 100% das operações e serviços de aviação comercial da Embraer em 4,75 mil milhões de dólares (cerca de 4 mil milhões de euros) e contempla o pagamento por parte da Boeing do valor de 3,8 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) pelos 80% de propriedade na parceria.
Com a concretização do negócio, a nova empresa irá fabricar e oferecer uma linha de aeronaves de passageiros de 70 a mais de 450 assentos, além de aviões de carga.
Uma vez consumada a transação, a ‘joint-venture’ na área de aviação comercial será liderada por uma equipa de executivos sediada no Brasil, incluindo um presidente e CEO [presidente executivo].
A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente ao presidente, Dennis Muilenburg.
O comunicado diz também que o acordo em definitivo para a criação da nova empresa deve ser assinado até ao fim de 2019.
Além da empresa na área de aviação comercial, as duas fabricantes de aeronaves também informaram que vão criar um outro braço de negócios para promoção de equipamentos de defesa, em especial o avião cargueiro KC-390.
“Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da Embraer”, esclareceu no mesmo comunicado o vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado.
As empresas acrescentaram que a transação “não terá impacto nas projeções financeiras da Boeing e da Embraer para 2018, bem como na estratégia de implantação de capital e no compromisso da Boeing de retornar cerca de 100 por cento do fluxo de caixa livre para os acionistas”.
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