A situação financeira das associações humanitárias de bombeiros voluntários foi um dos assuntos hoje analisados no conselho executivo da LBP, tendo concluído que “estão à beira do colapso pelos encargos que têm assumido com a aquisição de equipamentos de proteção individual para proteção do pessoal no transporte de doentes de covid-19″, refere a Liga, em comunicado.
“Os elevados custos que têm sido suportados pelas associações desde o início da pandemia, na ordem de muitos milhares de euros, e a consequente perda de faturação em transporte de doentes não urgentes, tem potencialmente criado as condições de perda financeira clara e objetiva”, refere o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, citado no comunicado.
Além desta situação, a Liga refere que tem contribuído para o “descalabro financeiro” das corporações de bombeiros “a falta de compensação financeira por parte do Ministério da Saúde, que não tem ajustado o necessário acréscimo de custos dos equipamentos de proteção individual” e as operações de retirada de idosos de lares de terceira idade, que ninguém quer assumir o pagamento.
A LBP sublinha que as associações humanitárias “dificilmente vão conseguir” sobreviver, estando em perigo a manutenção das corporações de bombeiros.
O apoio financeiro às associações humanitárias, aprovado este ano pela Assembleia da República, através da criação de um Fundo de Emergência “pode ser um alento nas frágeis finanças” das associações humanitárias, mas está “no horizonte um ano ainda mais difícil devido ao “fraco financiamento” proposto pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021, sustenta a LBP.
Para a Liga, o Governo, com a atual proposta do Orçamento do Estado, está a “cavar a sepultura” das corporações de bombeiros e dos bombeiros voluntários, podendo o socorro às populações ficar em causa por falta de financiamento.
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