No total, foram adjudicados quatro dos 11 blocos leiloados, nos quais estão previstos investimentos de mais de 432 milhões de reais (77 milhões de euros), segundo a ANP – Agência Nacional do Petróleo e Gás, órgão regulador do setor no Brasil.

Além da Petrobras, também participaram do leilão a BP Energy, Shell, Chevron, TotalEnergies, Equinor, Petronas, Ecopetrol e Qatari Energy.

As áreas leiloadas para exploração de petróleo e gás estão nas gigantescas reservas do pré-sal, localizadas em águas muito profundas do Atlântico na costa brasileira e que podem tornar o Brasil o quinto maior fornecedor de hidrocarbonetos do mundo.

Embora menos da metade dos blocos tenham sido leiloados, o Governo brasileiro qualificou o leilão como bem-sucedido devido aos lucros obtidos com os direitos de participação, que atingiram 72% dos 1,2 milhões de reais (228 milhões de euros).

Devido às propostas recebidas em Água Marinha e Norte de Brava, as zonas mais relevantes da licitação, obtiveram-se ofertas pelos seus direitos 220% e 170% superiores ao mínimo exigido, respetivamente, conforme explicou em conferência de imprensa o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboya.

De acordo com as regras da licitação, as áreas foram concedidas às empresas que ofereceram ao Estado brasileiro a maior percentagem de participação na sua produção excedente.

Das nove empresas classificadas para o certame, seis ganharam blocos, embora a grande vencedora tenha sido a estatal brasileira Petrobras.

A maior empresa do Brasil terá participação em três dos blocos premiados, pois deteve 100% da área Norte de Brava e 60% do bloco Sudoeste de Sagitário, para o qual participou em consórcio com a Shell (40%).

A Petrobras ofereceu ao Estado brasileiro pela primeira uma parcela de seu excedente de produção de 61,71%, quase três vezes o mínimo exigido (22,71%), e para o segundo uma participação de 25%.

A estatal brasileira também terá uma participação de 30% no grupo que explorará o campo de Água Marinha, que foi concedido ao consórcio TotalEnergies (30%) Petronas (20%) e Qatar Energie (20%).

O consórcio vencedor, ao qual agora se juntará a Petrobras, conquistou os direitos do bloco ao oferecer ao Estado uma participação de 42,40% em seu excedente de produção, total três vezes superior ao mínimo estabelecido na licitação (13,23%).

O quarto bloco, Bumerangue, foi comprado pela multinacional britânica BP Energy.

Nos últimos 10 anos, mais de 140 mil milhões de reais (cerca de 25 mil milhões de euros) foram arrecadados em leilões de petróleo apenas para direitos de participação no Brasil.

Para os próximos cinco anos, estão previstos investimentos de 500 mil milhões de reais (cerca de 89,1 mil milhões de euros) no país.

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