“As negociações a sério [com Londres] só começam depois das eleições de 8 junho e serão difíceis, será também difícil manter a unidade hoje demonstrada, mas tudo faremos para isso”, disse Juncker, falando, em conferência de imprensa, no final da cimeira da UE.
A unidade hoje demonstrada, e que levou a que as orientações do Conselho Europeu para as negociações do ‘Brexit’ tivessem sido adotadas imediatamente após o início dos trabalhos, “não é de fachada”, referiu também.
O líder do executivo comunitário sublinhou ainda ser necessário “chegar a acordo sobre as condições do divórcio” com Londres, e só depois pode haver outras conversações.
Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, alertou que “a unidade dos 27 é a primeira e mais importante condição política” para negociar um acordo de saída do Reino Unido.
Os direitos dos 4,5 milhões de cidadãos dos 27 que vivem, trabalham e estudam no Reino Unido e vice-versa são uma preocupação fundamental dos líderes europeus, tendo Tusk sublinhado que Londres deve dar “uma resposta séria” a este ponto.
No primeiro Conselho Europeu formalmente com formato a 27, os líderes da UE adotaram as diretrizes da União para as negociações com o Reino Unido, como constatou o presidente da Comissão Europeia.
A cimeira destinou-se à adoção das orientações para as negociações com Londres, com a presença do negociador chefe da UE, Michel Barnier, a quem será posteriormente dado um mandato para conduzir as negociações em representação dos “Vinte e Sete”.
O mandato para Barnier deverá estar pronto até 22 de maio, mas as negociações só arrancarão depois das eleições no Reino Unido marcadas para 8 de junho.
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