“O Banco Central Europeu vai examinar 38 bancos significativos da zona euro como parte do teste de ‘stress’ de 2021 na União Europeia coordenado pela Autoridade Bancária Europeia (EBA)”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pelo BCE.
Entre os bancos analisados encontram-se os portugueses Caixa Geral de Depósitos e o BCP, que inicialmente não estava incluído, mas que devido à fusão do Bankia e do CaixaBank, que agora não farão parte dos testes, acabou por ser incorporado na lista.
Segundo o comunicado hoje divulgado, a EBA “planeia publicar os resultados dos bancos individuais no final de julho de 2021″, especificamente até dia 31.
“Os resultados vão clarificar o impacto de choques adversos na resiliência dos bancos debaixo de condições macroeconómicas desafiantes”, pode ler-se no comunicado, que adianta que o exercício irá incidir “nas medidas de apoio público, como garantias públicas, implementadas para mitigar o impacto da pandemia”.
Já a EBA assinalou que o cenário adverso dos testes “é baseado numa narrativa de um cenário de covid-19 prolongado, num ambiente de taxas de juro ‘baixas e por mais tempo’, em que choques de confiança negativos prolonguem a contração económica”.
Os testes de 2020 tinham sido adiados devido à pandemia de covid-19.
Segundo a EBA, “os testes de ‘stress’ permitem aos supervisores avaliar se as ‘almofadas’ de capital dos bancos, que têm vindo a ser acumuladas nos últimos anos, são suficientes para cobrir as perdas e apoiar a economia em tempos de aperto”.
Em paralelo, o BCE “planeia conduzir os seus próprios testes de ‘stress’ para os 53 bancos que supervisiona diretamente, mas que não estão incluídos a amostra conduzida pela EBA”.
“Os resultados de ambos os testes de ‘stress’ será usada para avaliar as necessidades de capital do Pilar 2 de cada banco, no contexto do Processo de Revisão e Avaliação de Supervisão (SREP)”, de acordo com o BCE.
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