O orçamento para este ano, de 33.840.000 euros, mais cerca de 606.000 euros do que o de 2017, já foi aprovado pelo executivo municipal com os votos a favor dos quatro eleitos da maioria PS e a abstenção dos três vereadores da oposição CDU, precisou o socialista Paulo Arsénio.

Segundo o autarca, que, nas eleições autárquicas de 2017, reconquistou o município que os socialistas tinham perdido para os comunistas em 2013, trata-se de um orçamento de "transição" entre opções do anterior executivo CDU e da nova gestão PS.

"É um orçamento que o novo executivo municipal elaborou com cerca de dois meses de gestão" e, por isso, inclui projetos que transitaram do anterior executivo e medidas da nova gestão e que são "alguns" dos compromissos do programa eleitoral da candidatura socialista às autárquicas, explicou.

Paulo Arsénio referiu que no orçamento há uma diferença de cerca de quatro milhões de euros entre a previsão de receitas e a previsão de despesas correntes do município, "o que permite reafetar três a quatro milhões de euros a despesas de investimento", nomeadamente obras, "o que é positivo".

Das obras com verbas inscritas no orçamento, o autarca destacou o projeto de infraestruturação da zona de acolhimento empresarial da Horta de São Miguel, em Beja, que transitou do anterior executivo CDU e vai implicar um investimento de cerca de dois milhões de euros.

O orçamento inclui também verbas para obras de requalificação do Mercado Municipal, das Piscinas Municipais Descobertas e da Casa da Cultura de Beja, que o município vai preparar e candidatar a cofinanciamento comunitário para arrancarem no terreno "ainda este ano, se possível, ou em 2019", disse.

Segundo o autarca, o orçamento inclui aumentos de 5% nas verbas para as juntas de freguesia do concelho, que foi um dos compromissos da candidatura do PS na campanha eleitoral, e de cerca de 10% no apoio aos Bombeiros Voluntários de Beja.

O orçamento também prevê uma verba de cerca de 600 mil euros para intervenções de melhoria de casas de habitação social propriedade do município.

O documento vai ser discutido e votado na terça-feira pela Assembleia Municipal de Beja, onde o PS não tem maioria, já que é composta por 15 membros do PS, 15 da CDU, um do PSD, um do Bloco de Esquerda e um independente.

A Lusa contactou hoje a vereadora da CDU na Câmara de Beja Sónia Calvário, que disse que os três eleitos da oposição irão pronunciar-se sobre o orçamento através de um comunicado, mas sem indicar quando.