O maior número de saídas, no primeiro semestre, aconteceu no Novo Banco, a instituição criada aquando da resolução do Banco Espírito Santo (BES) e que está em processo de venda aos fundo norte-americano Lone Star.
Entre janeiro e junho, saíram 366 pessoas da operação em Portugal, tendo o Novo Banco fechado o primeiro semestre com 5.706 trabalhadores.
Na Caixa Geral de Depósitos (CGD), desde início do ano e até final de julho saíram cerca de 300 trabalhadores em reformas e pré-reformas. O banco público tinha no final de junho 8.070 empregados em Portugal.
Já no BCP, o maior banco privado português, depois da redução de centenas de pessoas nos últimos anos, o processo de saídas de trabalhadores está mais normalizado.
O banco que tem como principal acionista o grupo chinês Fosun tinha, em junho, 7.303 funcionários em Portugal, apenas menos 30 do que no final de 2016.
Quanto ao BPI, no primeiro semestre reduziu o quadro de pessoal em 119 trabalhadores, tendo chegado a final de junho com 5.406 pessoas.
Contudo, a redução vai intensificar-se uma vez que mais 500 vão sair ao longo deste ano (e alguns ainda no início de 2018), no âmbito do programa de reformas antecipadas e rescisões voluntárias lançado no início deste ano, quando o BPI passou a ser controlado pelo espanhol CaixaBank.
Também na CGD, as saídas vão continuar e em número considerável, uma vez que o plano de reestruturação acordado por Bruxelas implica a saída de 2.000 trabalhadores até 2020.
O presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, anunciou esta semana que mais 348 pessoas poderão sair este ano, uma vez que há 248 trabalhadores que pretendem reformar-se ou pré-reformar-se e mais 100 que manifestaram interesse em aderir ao programa de rescisões por mútuo acordo.
Quanto à Caixa Económica Montepio Geral, depois de em 2016 terem saído mais de 400 trabalhadores, no primeiro semestre deste ano até aumentou o quadro de pessoal em quatro pessoas.
Assim, no final de junho, o banco mutualista contava 3.592 empregados.
Nos últimos anos, os bancos têm vindo reduzir consideravelmente as suas estruturas, desde logo com cortes de trabalhadores, com o objetivo de reduzir custos e melhorar resultados.
Em 2016, cerca de 2.000 trabalhadores saíram dos cinco principais bancos a operar em Portugal (CGD, BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI), quase o dobro dos cortes de postos de trabalho feitos em 2015.
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