A posição da CCP surge na véspera da reunião de Concertação Social, onde a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, deverá apresentar uma proposta para a remuneração mínima no próximo ano.
A CCP, que até hoje não avançou com qualquer valor para o salário mínimo, considera que os critérios de incremento a serem aplicados anualmente devem assegurar uma correspondência efetiva entre o aumento salarial e o crescimento da economia, sem prejuízo de uma majoração, fundamentada no papel também social do aumento do salário mínimo.
A atualização, afirma a confederação em comunicado hoje divulgado, "tem que ter na base as projeções" para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a inflação e a produtividade, além da majoração fundamentada no papel social.
"Esta Confederação não concebe um compromisso para o aumento da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) em 2020 que não tenha correspondência em critérios objetivos", adianta no comunicado.
Na passada quarta-feira, a ministra do Trabalho disse pretender concluir a discussão sobre o aumento do salário mínimo para 2020 esta quarta-feira e sublinhou que a evolução da remuneração até 2023 será feita de forma "gradual e equilibrada".
A atualização do salário mínimo nacional para 2020 começou a ser discutida na Concertação Social na passada quarta-feira, mas o Governo não avançou com uma proposta, que será apresentada na quarta-feira, segundo Ana Mendes Godinho.
A meta traçada pelo Governo é atingir os 750 euros em 2023, sendo fixados os valores ano a ano, em negociação com os parceiros sociais, uma evolução que será feita "de uma forma gradual e equilibrada", adiantou Ana Mendes Godinho.
O salário mínimo é, atualmente, de 600 euros, com a UGT a reivindicar 660 euros para 2020 e a CGTP a exigir 850 euros a curto prazo.
As confederações patronais, segundo contou o líder da UGT, Carlos Silva, no final da reunião da Concertação Social, puseram em cima da mesa um valor de 625 euros para 2020, considerado "ridículo" pela central sindical.
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