António Costa falava no início de uma reunião com empresários portugueses com investimentos no mercado angolano, num discurso marcadamente económico, mas em que também falou de "emoção" e "paixão" sempre presente nas relações luso-angolanas.
"Vamos aumentar a linha de crédito de apoio às exportações dos atuais 1.000 para os 1.500 milhões de euros. Esta linha de crédito ampliada a renovada é um sinal muito importante da vontade dos dois países continuarem a estreitar as suas relações económicas", declarou o primeiro-ministro.
Perante os empresários portugueses, o líder do executivo defendeu a tese sobre a necessidade de novos objetivos e, por outro lado, de os diferentes agentes no terreno "não se cingirem ao que têm feito" em termos de cooperação.
"Há ainda muito para fazer no futuro. Com a assinatura do novo acordo estratégico para a cooperação (2018/2022) vamos além dos domínios tradicionais da saúde e da educação. Alargaremos a cooperação a áreas de soberania como a defesa, a colaboração técnica policial ou a administração tributária", especificou.
Para António Costa, os passos agora dados "traduzem que as relações políticas entre Portugal e Angola não só estão boas, como estão sólidas e com grande perspetiva de se poderem aprofundar ao longo dos próximos anos".
"Da parte de Portugal, creio que não há com nenhum outro país, em qualquer continente, uma relação tão intensa como temos com Angola, assente nos laços individuais que se foram estabelecendo. Como todas relações intensas marcadas pela paixão, muitas vezes essas relações são também emotivas. Mas, como sabemos, sem emoção não há uma boa relação", advogou.
Ainda neste capítulo da sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu que, no âmbito da relação entre África e União Europeia, Portugal e Angola encontram-se em posição privilegiada.
"As relações políticas são essenciais, mas é absolutamente indispensável que o relacionamento humano, com a presença constante de quem aqui trabalha e investe, continue a construir a aprofundar as nossas relação com Angola", afirmou, numa nova mensagem dirigidas à comunidade empresarial portuguesa radicada em Luanda.
Comentários